O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1526 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 59

O Sr. Pinto Mesquita: - V. Ex.ª dá-me licença?

O Orador: - Faz favor.

O Sr. Pinto Mesquita: - V. Ex.ª quando fala dos rios abrange as bacias hidrográficas?

O Orador: - Com certeza.

O Sr. Reis Faria: - V. Ex.ª não se referiu a isso, mas creio que o rio Lima também tem possibilidades.

O Orador: - Creio que esta Assembleia ficará muito satisfeita quando V. Ex.ª vier aqui defender o aproveitamento do Lima.
O sistema Tejo-Ocresa, segundo essa publicação, constituirá um dos mais importantes sistemas hidroeléctricos nacionais, não só pela sua produção, cerca de 1 500 000 000 kWh, em ano médio, mas principalmente pela elevada compensação interanual que assegurará à rede eléctrica portuguesa.
Quanto ao plano do Alentejo, ainda há dias o País foi detalhadamente informado dos seus pormenores. Trata-se da rega de 6 por cento da superfície do Alentejo e de todo um conjunto de melhorias complementares que resultarão do ordenamento hidráulico e ainda se corporizarão no abastecimento de água a aglomerados populacionais, na melhoria das condições de electrificação, na abertura de novas vias de comunicação e, sobretudo, na criação de novas indústrias. Existe ainda aqui toda uma gama de possibilidades de industrialização ligadas à produção agrícola, pecuária e florestal.
Sr. Presidente: a nossa carência de técnicos em todos os níveis constitui motivo de fortes apreensões. (Cf. Le Problème du Personnel Scientifique et Technique en Europe Occidentale, aux Etats-Unis e au Canada, O. E. C. E., 1957). O seguinte quadro é elucidativo quanto aos agrónomos, silvicultores e veterinários diplomados em 1955 por vários países do Ocidente:

[ver quadro na imagem]

(a) Incluídos nos agrónomos.

Esta carência tem-se reflectido gravemente no próprio ultramar. Quando em 1957 foi publicada a reforma dos serviços de agricultura e florestais e de veterinária, os quadros ficaram a dispor de 143 agrónomos e 109 veterinários, num total de 252 lugares. Ora, em Dezembro de 1960 existiam 130 lugares vagos, dos quais 86 de agrónomos e 44 de veterinários.
Como também já aqui salientei, o número de finalistas dos cursos de agronomia e veterinária diminuiu mesmo nos últimos anos (cf. o Diário das Sessões relativo a 17 de Março findo).
Mas resultará esta situação da limitada capacidade das escolas?
A um estudo do engenheiro Lains e Silva, da Missão de Estudos Agronómicos, vou buscar alguns números que permitem responder à questão.
Reportamo-nos ao período que vai de 1957 a 1961. Estabelecemos comparações entre o Instituto Superior de Agronomia e o Instituto Superior Técnico e a Escola Superior de Medicina Veterinária e a Faculdade de Medicina de Lisboa.
O seguinte quadro dá nota das médias do pessoal docente e dos alunos:

[ver quadro na imagem]

Estes elementos permitem-nos estabelecer a seguinte razão entre o número de alunos inscritos e diplomados por professor:

[ver tabela na imagem]

O Sr. Nunes de Oliveira: - V. Ex.ª dá-me licença?

O Orador: - Faz obséquio.

O Sr. Nunes de Oliveira: - Há uma Faculdade com 11 professores e aproximadamente 270 alunos, saindo diplomados, em média, à volta de 50 por ano, o que dá 24 ou 25 alunos para cada professor.

O Orador: - Agora estou apenas a ocupar-me da veterinária e da agronomia.
Nestas condições, quanto custou cada diplomado ao Instituto Superior de Agronomia e à Escola Superior de Medicina Veterinária?