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3426 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 136

O alojamento completa-se com a alimentação. Isto me encoraja a referir ainda os restaurantes e a gastronomia.
Em Dezembro de 196Ü existiam na metrópole (e no distrito de Lisboa) os seguintes restaurantes e estabelecimentos similares:

[Ver Tabela na Imagem]

Como se vê, os efectivos são bastante modestos, acrescendo que uma boa percentagem dos estabelecimentos se encontram em Lisboa.
A concessão da «utilidade turística» a alguns restaurantes tem constituído um estímulo, bem como a utilização do crédito hoteleiro, para a sua construção e apetrechamento.
Os serviços oficiais promoveram há tempos um concurso - A Melhor Refeição ao Melhor Preço - e puseram em prática o sistema de «ementa turística». Ementas deste tipo foram utilizadas durante as «Festas da Páscoa - 1963», nas localidades onde estas tiveram lugar.
Tal como referi para a rede hoteleira, será necessário programar uma rede de restaurantes a abrir no País. A intensificação do turismo automóvel e o próprio interesse em criar circuitos turísticos regionais impõem que se estudem e promovam localizações adequadas.
Mas o restaurante não é apenas o edifício, talvez adequado às sugestões do ambiente onde está localizado. Valorizam-no aquilo que oferece aos seus utentes: a cozinha, os vinhos, as frutas, os queijos, o café ...
Em colaboração com a Radiotelevisão Portuguesa, promoveu r> Secretariado Nacional da Informação, em 1961, o Concurso Nacional de Cozinha e Doçaria Portuguesa, que permitiu reunir elevado número de receitas de cozinha e doçaria regional.
Em seguimento deste concurso foram postas em prática e controladas pelo Secretariado Nacional da Informação experiências de adaptação do receituário regional à cozinha hoteleira, o que teve lugar nas pousadas.
Ainda aqui se ensaiou a utilização dos vinhos portugueses adequados, corri a colaboração da Junta Nacional do Vinho.
Mas o que se tem feito é muito pouco relativamente ao que importaria consagrar.
Ainda aqui teriam cabimento as conclusões da tese apresentada pelo director da Escola Hoteleira de Lisboa ao I Colóquio Nacional de Turismo:

1.ª Intensificação, por todos os meios, da preparação dos profissionais da indústria hoteleira o similares. A planificação desses meios deve ser feita através de escolas hoteleiras entregues a técnicos de reconhecida competência;
2.ª A cozinha, a doçaria, os queijos e os vinhos regionais devem ser considerados elementos de propaganda turística, promovendo-se a sua divulgação;
3.ª Adaptação, dentro do possível, ao idioma português das designações da culinária estrangeira;
4.ª Promoção da adesão de Portugal ao movimento de intercâmbio internacional de estagiários da indústria hoteleira.

Este enunciado sugere-me ainda duas considerações complementares: uma relativa à formação do pessoal; outra à utilização dos produtos nacionais de alimentação como elementos da propaganda.
O Estatuto das Escolas Profissionais da Indústria Hoteleira foi publicado no Diário do Governo, 2.a série, de 16 de Outubro de 1957.
Em 25 de Setembro de 1958 foi aprovado, por despacho do Ministro da Presidência, o Regulamento Interno da Escola Profissional da Indústria Hoteleira de Lisboa.
Terá interesse verificar o movimento da Escola Hoteleira de Lisboa. E esse o objectivo dos seguintes números, relativos aos três últimos anos:

[Ver Tabela na Imagem]