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4346 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 178

Jacinto da Silva Medina.
James Pinto Bull.
Jerónimo Henriques Jorge.
João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.
João Rocha Cardoso.
João Ubach Chaves.
Joaquim de Jesus Santos.
Joaquim José Nunes de Oliveira.
Jorge Augusto Correia.
Jorge de Melo Gamboa de Vasconcelos.
José Alberto de Carvalho.
José Augusto Brilhante de Paiva.
José Dias de Araújo Correia.
José Fernando Nunes Barata.
José Manuel Pires.
José Maria Rebelo Valente de Carvalho.
José Monteiro da Bocha Peixoto.
José dos Santos Bessa.
José Soares da Fonseca.
Júlio Dias das Neves.
Luís de Arriaga de Sá Linhares.
Luís Folhadela de Oliveira.
Manuel Amorim de Sousa Meneses.
Manuel Herculano Chorão de Carvalho.
Manuel Homem Albuquerque Ferreira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Nunes Fernandes.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.
Mário de Figueiredo.
Olívio da Costa Carvalho.
Quirino dos Santos Mealha.
Rui de Moura Ramos.
Sebastião Garcia Ramires.
Virgílio David Pereira e Cruz.
Vítor Manuel Dias Barros.

O Sr Presidente: - Estão presentes 70 Srs Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Exposição da Federação dos Grémios da Lavoura da Província da Estremadura a felicitar o Sr Deputado Sales Loureiro por ter levantado na Assembleia Nacional o problema da taxa de $40 que pela Portaria n.º 21 006, de 28 de Dezembro de 1964, passou a incidir sobre todo o vinho produzido na área da Junta Nacional do Vinho, com excepção da região demarcada dos vinhos verdes.
Exposição do Sr Manuel Gonçalves da Silva, de Amares, a reclamar contra a falta de seguro obrigatório de todos os motoristas que transitam nas estradas

O Sr Presidente: - Tenho diante de mim uma carta de S. Ex.ª o Presidente da República a agradecer o voto de pesar pela Assembleia expresso a propósito da morte da sua cunhada e a pedir que apresente a VV Ex.ªs , que aprovaram esse voto, a expressão do seu vivo reconhecimento.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr Deputado Bento Levy.

O Sr Bento Levy: - Sr Presidente A convite do ilustre governador de Cabo Verde, Sr. Comandante Sacramento Monteiro, quando esteve recentemente em Lisboa, vai em breve visitar o meu arquipélago o Sr. Dr. Azeredo Perdigão, que tão distintamente preside à notável actividade da benemérita Fundação Calouste Gulbenkian.
Ninguém - em especial os que mourejam nas ilhas - deixará de aplaudir esta iniciativa, que vem concretizar o pensamento de todos os que de algum modo se acham ligados a Cabo Verde e, até onde sei, as próprias intenções do ilustre presidente da Fundação.
Trata-se de um facto de relevo para a vida das nossas ilhas e que eu não podia deixar de registar nesta Câmara com o aprazimento que se calculará.
Tendo percorrido Angola, e Moçambique, onde a sua presença se fez sentir, traduzindo-se em actos de alto merecimento, o Sr. Dr. Azeredo Perdigão, apesar de ocupadíssimo, não se exime a mais este esforço, agora para conhecer «esse milagre de Cabo Verde» - como lhe chama o nosso ilustre colega Dr Alexandre Lobato -, cadinho onde se fundiram raças e credos desde o achamento das ilhas, para formar um português crioulo, honra e glória do génio criador de Portugal, a lembrar a própria origem da nossa nacionalidade.
Convivendo com os seus poetas e prosadores, com os seus músicos e artistas, com o seu escol de médicos, advogados, magistrados, professores, oficiais das forças armadas, a servirem a terra ingrata onde nasceram e se enraizaram, o Dr Azeredo Perdigão, saindo do Portugal europeu, continuará em pleno Atlântico Sul a sentir Portugal, na sua cultura,- nos seus hábitos, nos seus costumes. A cor da pele será a única diferença, mas essa não a sentem os Portugueses.
O ilustre visitante sentirá, sim, as grandes necessidades de uma terra materialmente pobre, adusta, ingrata, e a visita vai proporcionar-lhe o estudo local das possibilidades de ajuda e auxílio que a Fundação lhe consente proporcionar às instituições existentes e, porventura, incentivar a criação de outras cujos fins obedeçam aos condicionalismos necessários para que a benéfica acção da Gulbenkian possa também estender-se e desenvolver-se em Cabo Verde
São, com efeito, muitas das necessidades do arquipélago, e não é, evidentemente, à Fundação que compete satisfazer todos os encargos atinentes.
Mas o seu ilustre presidente, deslocando-se às ilhas, vai conviver com o Cabo-Verdiano, vai cruzar coou os Cabo-Verdianos, para mais fortemente sentir essas necessidades e levar à minha gente a solidariedade humana, traduzida na caridade, tal como a Fundação a entende e tem praticado, o que envolve, desde já, o dever de um agradecimento reconhecido do povo de Cabo Verde
Afirmando no seu notabilíssimo relatório que o nosso próximo não é todo o nosso semelhante, mas aquele que vive e sofre mais junto de nós, o Dr Azeredo Perdigão vai ver para que o seu coração sinta quanto a sua acção é necessária em benefício de uma comunidade que sofre com estoicismo a sua pobreza e bem merece esta atenção, cujos resultados, aliás, se hão-de reflectir em todos os sectores abrangidos pelos fins da instituição a que o eminente visitante preside
Os serviços respectivos terão por certo os seus planos preparados em ordem a obter esses resultados, que se estendem não só pela caridade, como pela arte, pela educação e pela ciência.
Não me compete lançar ideias, nem fazer comentários a factores cuja essência desconheço, por estar ausente, mas estou seguro de que os planos a apresentar estarão