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5 DE MARÇO DE 1965 4474-(115)

Nos ambiciosos planos de industrialização que se pretende levar a efeito, a existência de técnicos superiores, médios e outros é indispensável.

177. Seria interessante, na análise do ensino superior, destrinçar a frequência por cursos e extrair das algumas conclusões.
Vejamos em primeiro lugar o que se passa nos estabelecimentos de ensino superior de carácter oficial.

[Ver tabela na imagem]

(a) Faculdade de Economia, Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina.
(b) Três Faculdades de Medicina, duas Escolas e uma Faculdade de Farmácia e uma Escola Técnica de Enfermagem.

Agrupado as cifras, obtêm-se os números que seguem:

[Ver tabela na imagem]

As cifras mostram que os cursos de letras e ciências sociais, com 10 417 alunos, num total de 22 207, contêm 46,9 por cento dos alunos, os de ciências e técnica, 38,1 por cento e, finalmente, os de medicina e farmácia, 15 por cento.
A distribuição é a que segue:

[Ver tabela na imagem]

Não são satisfatórias as cifras e pecam por dois defeitos. Em primeiro lugar, é baixa a frequência universitária l aluno por um pouco mais de 400 habitantes.
Em segundo lugar, o primeiro grupo, com cerca de 47 por cento dos alunos, mostra tendências que conviria corrigir O Pais necessita de cientistas e técnicos, sob pena de se atrasar cada vez mais do nível económico europeu.
Os territórios ultramarinos não poderão atingir o ritmo de progresso indispensável se a economia não for orientada por especialistas. Ora em 1962-1963 formaram-se apenas 163 engenheiros, 47 agrónomos e veterinários e 263 cientistas de várias especialidades. É manifestamente pouco para as necessidades.

Cursos médios

178. Mas o problema reveste aspectos ainda mais agudos, para não dizer graves, quando se considera que nos cursos médios industriais (3) de Lisboa e Porto a frequência naquele ano lectivo foi de 1954 alunos e que apenas se diplomaram 71 alunos. E temos então este estranho paradoxo de os diplomados do ensino médio
(electricidade, máquinas, civil, minas e química) serem menos de metade do de engenheiros.
No caso do ensino agrícola, nos cursos considerados de regentes agrícolas (3), o número de alunos matriculados elevou-se a 773 e concluíram o curso 65 sendo 6 no curso complementar para o ensino superior.
De modo que a situação neste aspecto transparece das que seguem:

[Ver tabela na imagem]

conhece as necessidades da indústria e da agricultura e a situação em que vive a maior parte das explorações agrícolas e industriais não pode deixar de lamentar esta situação.

179. 0 problema universitário ainda pode ser observado por outro prisma, que é o do custo do aluno diplomado em cada um dos grupos acima mencionados: