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4720 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 199

António da Purificação Vasconcelos Baptista Felgueiras
Armando Cândido de Medeiros
Artur Águedo de Oliveira.
Artur Augusto de Oliveira Pimentel
Artur Proença Duarte
Augusto Duarte Henriques Simões
Bento Benoliel Levy
Carlos Alves
Carlos Monteiro do Amaral Neto
D. Custódia Lopes
Délio de Castro Cardoso Santarém
Ernesto de Araújo Lacerda e Costa
Fernando António da Veiga Frade
Fernando Cid Oliveira Proença
Francisco António Martins
Francisco António da Silva
Francisco José Lopes Roseira
Francisco Lopes Vasques
Francisco de Sales de Mascarenhas Loureiro.
Jerónimo Henriques Jorge
João Mendes da Costa Amaral
João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira
João Rocha Cardoso
Joaquim de Jesus Santos
Joaquim José Nunes de Oliveira
Joaquim de Sousa Birne
Jorge Augusto Correia
Jorge de Melo Gamboa de Vasconcelos
José Alberto de Carvalho
José Augusto Brilhante de Paiva
José Luís Vaz Nunes
José Manuel da Costa
José Manuel Pires
José Maria Rebelo Valente de Carvalho
José Monteiro da Bocha Peixoto
José Soares da Fonseca
Júlio Dias das Neves
Luís de Arriaga de Sá Linhares
Luís Folhadela de Oliveira
Luís Le Cocq de Albuquerque de Azevedo Coutinho
Manuel Colares Pereira
Manuel Herculano Chorão de Carvalho
Manuel Homem Albuquerque Ferreira
Manuel João Correia
Manuel João Cutileiro Ferreira
Manuel Lopes de Almeida
Manuel Nunes Fernandes
Manuel Seabra Carqueijeiro
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Mário de Figueiredo
Olívio da Costa Carvalho
Quirino dos Santos Mealha
Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães

O Sr Presidente: - Estão presentes 70 Srs Deputados.
Está aberta a sessão

Eram 16 horas e 25 minutos

Antes da ordem do dia

O Sr Presidente: - Estão na Mesa os Diários das Sessões n.ºs 194, 195 e 196, correspondentes às sessões de 25 e 26 de Março e de 1 de Abril, respectivamente.
Estão em reclamação.

Pausa.

O Sr Presidente: - como nenhum dos Srs Deputados deseja deduzir qualquer reclamação, considero-os aprovados.
Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr Deputado Agostinho Cardoso.

O Sr. Agostinho Cardoso: - Sr. Presidente: Partiu ontem da vida terrena a caminho da Eternidade um dos mais fiéis, desassombrados e leais soldados da Revolução Nacional que tenho conhecido e profundamente admirado.
Refiro-me ao Eng.º Augusto Cancella de Abreu.
A espontaneidade desta breve nota com que pretendo neste momento prestar homenagem à sua memória não consente longa notícia biográfica, aliás assinalada na imprensa desta manhã.
A sua vida pública foi generosa e perdulàriamente gasta numa acção política tão hábil, como corajosa e firme, e nela como em tudo na vida se houve com tal altura de dignidade e elegância moral que sempre se impôs ao respeito de adversários e companheiros de armas.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A soma de trabalhos, sacrifícios e desgostos que essa acção política lhe custou não ficou retratada na autoria exterior de grandes reformas, de vultosas obras de cimento armado, que facilmente perpetuassem seu nome, o qual pode ser apontado à gente nova como incontestável exemplo de coerência e fidelidade a um ideal político, à Nação e a Salazar.
Poucos devem ter ultrapassado na actual geração o seu culto rígido e escrupuloso da honra e da honestidade, altamente testemunhado em certo episódio no dia em que deixou as funções de Ministro do Interior, o qual é cedo para narrar, mas oportuno para referir.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Ministro duas vezes, membro em várias legislaturas desta Assembleia, de que foi vice-presidente, havendo sido meritória a sua acção governativa e administrativa nesse cargo, como nas funções de elevado nível técnico que desempenhou ao serviço do País - foi, todavia e essencialmente, um político.
Como Ministro do Interior e depois à frente da União Nacional acendeu e reuniu em sua volta dedicações, irradiou largamente o seu entusiasmo vibrante e comunicativo, renovando quadros, procurando lançar novos valores na acção política, movimentando e criando interesse em torno deste organismo político Também poucos o terão ultrapassado na sua dedicada solidariedade para com Salazar, a quem serviu o máximo que pôde na sua obra de ressurgimento nacional
Revejo-o comovidamente, em certa manifestação popular ao Si Presidente do Conselho, passando em frente deste Palácio de S. Bento, a frente de milhares de bandeiras em grandioso desfile, empunhando o estandarte da União Nacional, que ele tanto prestigiou.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A sua simplicidade e compreensão humana granjeavam-lhe inesperadas simpatias, como no caso da extraordinária popularidade que usufruía - ele que não era um desportista - junto dos milhares de associados do Sport Lisboa e Benfica, de cuja assembleia geral começou a ser presidente pouco depois de assumir a direcção da Comissão Executiva da União Nacional