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4864 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 203

por esta nobre causa e auxiliar o zeloso prelado nos altos propósitos que o orientam e o dominam em matéria de tanta sublimação e da mais importante transcendência para o progresso espiritual do nosso povo, e por acréscimo, para o progresso material também.
E por meu lado, e para terminar, faço votos muito veementes por que este grande passo agora dado pela Santa Só de renovação e de confirmação do culto da venerável infanta seja o prelúdio da sua breve e definitiva ascensão à honra dos altares, para que fique, desse modo, mais próxima do coração dos homens e mais junta da mão de Deus.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Ernesto Lacerda: -Sr. Presidente: Há longos anos que se encontra em construção a estrada nacional n.º 2, que, no seu longo traçado, ligará as cidades de Chaves e Faro, riscando, praticamente, de norte a sul todo o território metropolitano.
Desnecessário se torna encarecer os altos benefícios que a conclusão desta importantíssima via rodoviária há-de trazer aos povos das regiões que serve e a necessidade, por isso, de se incrementar a realização dos respectivos trabalhos.
Eu sei das dificuldades que, no actual momento, se levantam ao erário e quanto é aconselhável a prudente aplicação dos dinheiros públicos. Mas não deixo de reconhecer a justiça da pretensão de que sou intérprete e que em breves palavras desejo pôr à consideração do Sr. Ministro das Obras Públicas.
Como é do conhecimento geral, a estrada nacional n.º 2, dada a sua grande extensão, suscita diversos problemas em vários distritos do País, e também o meu - o de Leiria - se inclui nesse número.
Vários troços desta estrada se mostram concluídos. Outros ainda estão em curso ou aguardam a sua vez. Precisamente no extremo norte do distrito de Leiria, no concelho de Pedrógão Grande, encontram-se por iniciar os trabalhos de um dos seus troços na extensão aproximada de 4 km, prolongando-se por mais 8 km no distrito de Coimbra, isto é, do Alto da Louriceira a Alvares.
Região acidentada e pobre, em que as respectivas populações lutam com falta de comunicações, mostra-se da maior conveniência a construção desta espécie de coluna vertebral, donde irradiarão depois, com relativa facilidade, estradas ou caminhos municipais de acesso às povoações circunvizinhas.
Conhecemos algumas aldeias que estão completamente privadas de acessos aviação automóvel e cujos habitantes, para se deslocarem a qualquer ponto do País, têm de erguer-se a altas horas da madrugada, percorrer longas distâncias a pé, para alcançarem a tempo uma carreira de camioneta que os conduza ao destino.
Acresce que, tratando-se de uma região em que a respectiva população vive quase exclusivamente entregue aos trabalhos da agricultura, se esboçam em determinadas épocas, como tem sucedido ultimamente, pequenas crises de trabalho que bem podiam ser amenizadas com a realização deste melhoramento, que se considera decisivo para o progresso e desenvolvimento de uma vasta área do Norte do distrito de Leiria, ainda longe de atingir nível apreciável neste aspecto das comunicações.
Interpretando os legítimos anseios dos povos daquela região, dirijo-me ao Sr. Ministro das Obras Públicas, sempre atento aos pequenos-grandes problemas das populações rurais, para que considere sobre esta sua justa pretensão.
Não sabemos até que ponto o plano da Junta Autónoma de Estradas estará sobrecarregado com outros empreendimentos igualmente importantes e merecedores da sua sempre esclarecida atenção.
Entretanto, e porque apenas a execução deste reduzido número de quilómetros mantém pendente, no meu distrito, a consecução dessa importantíssima obra, e invocadas as razões que fundamentam a legitimidade do meu pedido, lembro e solicito a S. Ex.ª a inclusão naquele plano desse pequeno troço da estrada nacional n.º 2.
Estou certo de que não terá sido em vão que os povos do Norte do distrito de Leiria interessados me confiaram esta missão de que gostosamente me estou a desempenhar; como estou certo, também, de que o Sr. Ministro das Obras Públicas mais uma vez terá ensejo de manifestar a sua proverbial boa vontade na resolução dos problemas desta natureza.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Sales Loureiro: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Foi muito recentemente o nosso espírito alvoroçado por dois factos que reputo da maior importância e projecção, pelo que de significativo revestem no domínio agrário e da educação.
Vão assim as nossas considerações incidir sobre a recente nota promanada do Ministério da Economia acerca da aquisição de determinadas alfaias agrícolas e ainda sobre o I Congresso do Ensino Particular, iniciado com a presença feliz do Chefe do Estado e de alguns membros do Governo.
Depois das palavras autorizadas e esperançosas do novo e distinto Ministro da Economia, Dr. Gonçalo Correia de Oliveira, relativas à momentosa questão da crise da lavoura, passou-se, de pronto, às medidas práticas que & nota a que, atrás aludimos concede especial relevância.
Não obstante as dificuldades presentes, oferece-se à agricultura oportunidade de suprir a crise de mão-de-obra pela mecanização, para o que se estabelecem regras para aquisição de ceifeiras e tractores, que serão entregues à utilização dos lavradores, por intermédio dos órgãos próprios.
E para breve novas perspectivas se apontam para diminuir os males que se vêm conjurando sobre o nosso mundo rural, pelo que, em face do sopro renovador que parte do actual Gabinete da Economia, razões há de sobra para confiarmos que outras medidas de desafogo surjam, não esquecendo, logo que as circunstâncias o permitam, as que se referem à sobretaxa inoportunamente lançada sobre a produção vinícola e de cujos inconvenientes se fez, nesta Assembleia, largo eco!
Passando, entretanto, ao Congresso do Ensino Particular, que, pela organização e objectivos, se verifica ser essa modalidade de ensino uma força do maior relevo, de rara transcendência, para o progresso material e espiritual do País - porquanto feita através do ensino e da educação! -, necessário é que a tal força se concedam os estímulos necessários ao bom desempenho da sua função!
As afirmações proferidas nas sessões do acto inaugural, o nível de alguns dos assuntos já versados, a animação dos debates realizados, os objectivos das soluções propostas - tudo isso revela as altas vantagens, o relevante papel, o transcendente sentido da "escola pluralista", em