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1026 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 58

E, mesto aspecto, cabe a tarefa ingrata, mas não enjeitada, de justificar e explicar, perante os Cidadãos interessados, as medidas governativas, se tiverem defesa, ou de chamar a atenção dos responsáveis, se delas advier dano político
Ninguém, razoam cimente, poderá pôr em dúvida a elevação do meu desígnio
O Sr Soares da Fonseca: - Quando é que V. Ex.ª passa a ler o anunciado requerimento?

O Orador: -15 já a seguir

O Si Soares da Fonseca: -Da-me a impressão de que o requerimento de V. Ex.ª é como post scnptum que dizem sei habitual nas cartas das senhoras Escrevem as cartas muito bonitas, falando de muitas coisas e, depois de terminarem, acrescentam um post scriptum «Esquecimento de dizem que ». Só verdadeiramente para isto tinha sido redigida a carta! Ora V. Ex.ª, cem a devida vénia, está a fazer um discurso nesse mesmo género. Fala fala e dirá só muito no fim o que pretendia dizer. Quase nem parece que é um jurista quem pretende requerer.

O Orador: -Eu sou Deputado, vereador e membro da União Nacional e por isso tenho de justificai perante os meus mandantes que a medida que estou a apreciar é justa, mas primeiro tenho de me convencer a mini mesmo. Eles perguntou o eu tenho de lhes responder.

O Sr Soares da Fonseca: - Não perguntarei mais nada para evitar que o requerimento só venha a aparecer amanhã.
Risos

O Orador:-Estou encantado com a honra que me está sendo dada.

O Si Presidente: - De chamada V. Ex.ª a ordem
Risos

O Orador: - todo o observador atento, mesmo que não tenha responsabilidade política pode concluir que o povo português aceita sempre, sem hesitações os sacrifícios que lhe são pedidos e não se escusa ao cumprimento das chamadas «medidas impopulares» sem revolta interior, e sempre tem dado provas disso, desde que se convença de que os determina o bem da Prática e o interesse geral.

O Sr António Santos da Cunha: - Muito bem!

O Orador: - Na lógica do que venho expondo e com a finalidade que fica expressa, necessário se toma tomai conhecimento de dados de vau a ordem que habilitem a ajuizar da justificação económica, social e política do gravíssimo peso que o aumento das tarifas eléctricas fez recair sobre a população portuense.
Assim, tenho a honra de requerei que, pela Secretaria de Estado da Indústria, me sejam fornecidas as seguintes informações.
1) Se os preços de venda de energia eléctrica aos consumido estão iguais em todos os concelhos do País, com a indicação e justificação dos regimes adoptados.

O Sr António Santos da Cunha: - Muito bem! é uma bala de ricochete.

O Sr Soares da Fonseca: - De ricochete? Está desgraçado o Deputado!

Risos

O Orador: - Eu aguento tudo. E todos estão autorizados a interromper-me quando
Quiserem.

2) Quais as condições impostas pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento para a conceder os retidos no picâmbulo do Decreto-Lei n.º 46 917 e quais os montantes destes, pois houve quem referisse que o agravamento resultou dessas condições.
3) Se antes da obtenção desse empréstimo foi feito apelo ao capital nacional, o que se torna pertinente em face da muita comentada fuga para o estrangeiro de avultadíssimo capitais pertencentes a cidadãos portugueses
4) Quaisquer outros, elementos pertinentes.

O Sr Lopes Frazão: - Sr Presidente. Uso da palavra para mostrar a minha estranheza pelo facto de não me terem sido fornecidos, no todo os elementos que requeri em 16 da Março do ano protesto - pouco faltando para um ano ir decorrido - ao Ministério da Educação Nacional, visto que tão-somente me foi dada resposta aos dois primeiros quesitos dos seis que constavam do meu requerimento então enunciado.

E por assim ser, de novo requero que o restante me seja dado a sabei com a maior urgência possível, e agora, muito naturalmente com referência a 31 de Dezembro do ano que findou.

O Sr. André Navarro: - Sr. Presidente. Desejo nesta breve intervenção antes da ordem do dia referir o muito que há ainda a especial da colaboração das entidades puxadas com os departamentos do. Estado, autarquias locais, organismos corporativos e o outros, no sentido de levar a cabo, com o desejado ritmo, o progresso económico da Nação. E isto, muito especialmente, no que se reter ao âmbito das actividades agrícolas, onde esta cooperação se torna hoje indispensável para compensar os atrasos que a indústria agrícola, mercê de circunstâncias várias, tem sofrido neste século de ciclópica ascensão industrial.
Como exemplo desta útil associação de esforços desejo dar hoje, nesta mais que modesta intervenção, o devido relevo ao alto significado dos valores positivos já atingidos no destacado surto de progresso agrícola e florestal da conselho de Sever do Vouga devido à inteligente experiência realizada por uma entrada particular - Shell Portuguesa - em colaboração com a Estação Agrária de Viseu, sendo seu executor o distinto técnico agrónomo Vital Rodrigues.
Oito anos já volvidos de aplicação pratica dos conhecimentos científicos adquiridos numa escola que teve grandes mestres de agricultura, de zootecnia e de tecnologia, professores que foram também técnicos exponentes da nessa lavoura, permitiram que a intervenção do Eng.º Vital Rodrigues fosse coroada de pleno êxito, determinando modificação profunda na economia da agricultura concelhia e abrindo novos e rasgados horizontes a uma actividade que, sendo dominante nesse concelho, não revelar até então qualquer sintoma de real progresso. Foi, assim, que a própria campanha dos milhos híbridos, que, por razões que ignoro não tinha tido ato hoje sucesso comparável ao ver ficado em outros países, como na nossa vizinha. Espanha, teve, felizmente, pelas mãos de Vital Rodrigues, êxito magnífico, e isto consequente, julgo, da forma prática como foi encami-