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1394-(152) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 77

Verifica-se que este ano só recorreu ao empréstimo em muito menor escala (menos 1 645 168 contos), aumentando o volume de promissórias em mais 107 223 contos Esta forma de empréstimo é menos onerosa, mas representa dívida flutuante.
O empréstimo externo conta com 1 290 693 contos, menos do que em 1964, mas ainda assim soma muito alta.
No empréstimo interno houve menos receitas provenientes de títulos (menos 1 501 952 contos), e mais receitas de promissórias, (mais 107 223 contos). No crédito externo a diminuição da receita foi de 250 439 contos.
Estes números também contrastam com os de 1962 e 1963

Excesso de receitas

5. O que tornou possível melhor equilíbrio financeiro em 1965 foi o grande excesso de receitas ordinárias sobre idênticas despesas Estes excessos atingiram 4 749100 contos, números redondos, o que é notável num orçamento em que as receitas ordinárias se fixaram em 15 173 471 contos Isto significa que quase um terço das receitas ordinárias constituíram os excessos, utilizados por 4 718 524 contos no pagamento de despesas extraordinárias
No quadro a seguir dão-se os excessos de receitas ordinárias desde 1958, com o aumento em relação ao ano anterior:

[Ver tabela na imagem]

A compressão de despesas e reforço de receitas em 1961 produziu um aumento no excesso de receitas ordinárias de quase 1 milhão de contos. Mas foi ultrapassado em 1965, porque atingiu cifra superior a 1 232 000 contos
O excesso de receitas com diversos recursos enumerados adiante liquidou as despesas de guerra e outras.

6. O sumário analítico das receitas e despesas extraordinárias dá o resultado seguinte.

[Ver tabela na imagem]

A progressão dos excessos de receitas ordinárias nos últimos anos permitiu maior diferença entre receitas e despesas extraordinárias (- 2 963 000, - 3 186 000 e - 4 647 000 contos) entre as receitas e despesas extraordinárias.
Assim, em 1965 houve menos 1 402 000 contos de receitas extraordinárias do que em 1964, e mais 59 000 contos de despesas extraordinárias A. primeira vista, a conta apresenta o paradoxo de muito menor receita e mais despesas, que a intervenção dos excessos de receitas ordinárias facilmente esclarece.
Se forem consideradas agora as percentagens, que muitas vezes tomam mais claro o significado dos números, pode estabelecer-se um quadro elucidativo.

[Ver tabela na imagem]

A percentagem das despesas extraordinárias sobre o total das despesas andou à roda de 42 por cento (quase metade).
Mas a das receitas extraordinárias diminuiu de 25, em 1964, para 16,4 por cento, em 1965.

Evolução das receitas extraordinárias

7. Passada a euforia do pós-guerra, em que as receitas extraordinárias subiram para cifras que destoavam das de anos anteriores e não se harmonizam também com as dos anos posteriores, depois de 1950, quando se entrou de novo na linha financeira tradicional, as receitas extraordinárias mantiveram sempre valores inferiores a l milhão de contos Um ano houve em que não atingiram 100 000 contos
Mas a seguir a 1959 (neste ano o valor destas receitas já se aproximou do milhão de contos) as receitas extraordinárias subiram até ao máximo de 4 386 700 contos, provenientes na sua grande parte de empréstimos O ritmo foi quebrado em 1965, como se verifica nos números que seguem:

[Ver tabela na imagem]