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7 DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(139)

QUADRO XXXVI

Diferenciações entre as remunerações médias diárias dos homens e das mulheres por graus de qualificação

1965

[Ver Quadro na Imagem]

Fontes: Recolha de elementos sobre mão-de-obra realizada pelo Fundo de Desenvolvimento da Mão-de-Obra, em Janeiro de 1965 (dados provisórios); X Recenseamento Geral da População.

QUADRO XXXVII

Diferenciação entre as remunerações médias diárias dos homens e das mulheres por divisões da actividade económica

1965

[Ver Quadro na Imagem]

(a) Não inclui os serviços de administrarão pública nem os serviços domésticos.

Fontes: Recolha de elementos sobre mão-de-obra realizada pelo Fundo de Desenvolvimento da Mão-de-Obra em Janeiro de 1965 (dados provisórios); X Recenseamento Geral da População.

5. Apesar de a taxa de crescimento das remunerações sei encarada como indicador corrente da evolução do aumento do nível de vida dos trabalhadores, na medida em que o salário é a sua fonte principal de rendimento, sem dúvida que só o valor real das remunerações traduz efectivamente esse aumento, pois a sua expressão monetária está sujeita a depreciações em consequência do aumento dos preços, o que implica a redução do poder de compra real daquelas remunerações. Assim, a evolução do nível de vida do trabalhador sómente poderá ser avaliada com alguma correcção através da taxa de acréscimo dos salários reais, isto é, das remunerações nominais deflacionadas através do custo de vida.
Tomando para base a taxa de inflação utilizada nas Contas Nacionais 1, elaborou-se o gráfico I, onde figuram, para o período de 1953-1964, as evoluções dos salários nominais, do custo de vida e dos salários reais, ou seja, dos salários deflacionados.
Segundo os elementos publicados, o agravamento do custo de vida entre 1953 e 1964 foi apenas de 15,1 porcento, o que corresponde u taxa de inflação anual de 1,33 por cento e conduz à redução da taxa de aumento dos salários nominais (que, como já se salientou, foi de 5,96 por cento para 4,51 por cento). Note-se que a redução da taxa de acréscimo dos salários nominais foi mais acentuada no decurso do II Plano do que no I, na medida em que a taxa de inflação se elevou de 1 por cento para 1,6 por cento. Daí que as taxas de crescimento dos salários nominais nos referidos períodos (4,46 por cento e 7,47 por cento, respectivamente) se tivessem aproximado ligeiramente 2. Pode, assim, concluir-se que, apesar de as remunerações nominais terem evoluído em ritmo acentuadamente mais elevado no decurso do II Plano, o acréscimo de benefício real de que o trabalhador usufruiu foi efectivamente mais reduzido do que o sugerido por aquela diferença.

1 Está taxa corresponde aproximadamente à verificada na cidade de Lisboa, entre 1953 e 1958, segundo os índices do custo de vida do Instituto Nacional de Estatística. A partir desta data, porém, os índices de custo de vida de Lisboa são ligeiramente mais acentuados, pois, enquanto naquele período o índice de Lisboa foi de 105,5 e o utilizado nos Contas Nacionais de 105,1, em 1964 os mesmos índices elevaram-se, respectivamente, para 120,8 e 115,8.
Deu-se preferência aos elementos das Contas Nacionais na medida era que, sendo de âmbito continental, em princípio deveriam traduzir com maior rigor a evolução do valor da moeda.
2 As taxas, depois de deflacionadas polo índice do custo de vida, baixaram para 3,17 no período do I Plano e para 5,88 no decurso do II Plano.