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1716 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 92

João Mendes da Costa Amaral.
João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.
João Ubach Chaves.
Joaquim de Jesus Santos.
Joaquim José Nunes de Oliveira.
Jorge Barros Duarte.
José Coelho Jordão.
José Dias de Araújo Correia.
José Guilherme Bento de Melo e Castro.
José Janeiro Neves.
José Manuel da Costa.
José Maria de Castro Salazar.
José de Mira Nunes Mexia.
José Pais Ribeiro.
José Pinheiro da Silva.
José Rocha Calhorda.
José Soares da Fonseca.
Júlio Dias das Neves.
Luís Arriaga de Sá Linhares.
Manuel Colares Pereira.
Manuel João Cutileiro Ferreira.
Manuel José de Almeida Braamcamp Sobral.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria Ester Guerne Garcia de Lemos.
D. Maria de Lourdes Filomena Figueiredo de Albuquerque.
Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.
Mário de Figueiredo.
Miguel Augusto Pinto de Meneses.
Raul da Silva e Cunha Araújo.
Rogério Noel Peres Claro.
Rui Manuel da Silva Vieira.
Rui Pontífice de Sousa.
Sebastião Garcia Ramirez.
Sérgio Lecercle Sirvoicar.
D. Sinolética Soares Santos Torres.
Tito Lívio Maria Feijóo.
Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 70 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.
Eram 16 horas e 33 minutos.

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Telegramas

Vários, de apoio à intervenção do Sr. Deputado Calheiros Lopes sobre a abolição da portagem na ponte de Vila Franca.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Marques Teixeira.

O Sr. Marques Teixeira: - Sr. Presidente: Na 1.ª quinzena do mês de Junho do ano decorrente fruímos a grande ventura de visitar, pela primeira vez, com alguns prezados colegas desta Assembleia, em missão chefiada pelo seu ilustre vice-presidente, Sr. Conselheiro Furtado dos Santos, a nossa província de Moçambique. Foi mais um elogio que louvavelmente se juntou à corrente de intercâmbio, a continuar e a intensificar, entre as parcelas metropolitana e ultramarina, com um regime de perfeita integração pelo carácter indissoluvelmente unitário do espaço português.
Aqui fica uma palavra de exaltação e de justa homenagem a todos quantos, por sua iniciativa e poder de decisão, sugeriram, patrocinaram e viabilizaram essa inesquecível romagem, de sentido verdadeiramente nacional, de que, com prazer e para nossa felicidade, pudemos também participar. Este roteiro inolvidável dentro de Portugal ainda r os facultou uma passagem rápida, mas de lembrança imperecível, pela linda e progressiva cidade de Luanda. Com desvanecimento o registamos.
Nesta conformidade, à luz do que deixamos dito, pede-nos a consciência que refiramos e destaquemos, o que fazemos muito gratamente, as ilustres personalidades de SS. Ex.mos os Presidentes do Conselho e da Assembleia Nacional, Ministro do Ultramar e leader desta Câmara Legislativa. Havemos de imprimir, Sr. Presidente, a brevidade possível a esta modesta fala, que, a bem dizer, intencionalmente se circunscreverá a traduzir o que emocionalmente sentimos em fervor, quase místico, de vivência patriótica, na contemplação de tudo quanto pudemos observar à escala da vida geral da província e na reflexão profunda sobre a gesta heróica das nossas forças armadas, entregues à sagrada missão de indefectivelmente defenderem o património territorial e a continuidade histórica da Nação portuguesa.
Cremos, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que nunca, como então, subiu mais alto e mais nos aqueceu o coração a pura flama dos mais vivos sentimentos cívicos, nem foram maiores as razões de fortalecimento do legítimo e fundamentado orgulho da nossa condição de português!
Assim foi, na verdade, até porque os sinais de grandeza, dê elevação, de glória e também de abnegação e sacrifício que assinalaram a caminhada dos nossos antepassados ao longo de uma história multissecular, amiúde, Sr. Presidente, nos acudiram ao espírito enquanto a potente máquina voadora nos transportava no seu enorme Rojo, a grande altitude, sobre a imensidão das águas do Atlântico -maré nostrum-, em demanda da África Portuguesa. E sempre nos surpreendíamos como que em constante monologar, reproduzindo, embevecidos, a fórmula perfeita, na exactidão precisa do seu conteúdo, que regista e espelha os lances de vida, dura e fecunda, do nosso amado Portugal: «a sua nobre epopeia do passado como povo apostólico insuperável, como cruzado e missionário, como pioneiro da civilização latina e ocidental, como cavaleiro de Cristo, como evangelizador de povos, como guia e benfeitor da humanidade, como modelador de grande parte da história universal - o nosso Portugal agricultor, o nosso Portugal soldado, o nosso Portugal marinheiro, o nosso Portugal missionário». E no entranhado amor, Sr. Presidente, que votamos à Pátria, por e para ela rogando as graças de Deus, nós bendizíamo-la, nós não nos cansávamos de exaltá-la nas suas três dimensões eternas, e, por isso, não apenas evocando o seu glorioso pretérito, mas também festejando o seu presente heróico em jeito de antecâmara e Rase firme de partida para as alvoradas do seu futuro promissor, como uma resultante da nossa determinação e da nossa vontade - a vontade, Sr. Presidente, suprema criadora da história.
Tal convicção mais em nós se arreigou quando recordávamos e meditávamos na exactidão da essência histórica contida no sentido das palavras do Sr. Presidente