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6 DE DEZEMBRO DE 1967 1965

O Sr. Deputado Nunes de Oliveira lembrou a sua localização no coração do Minho. Permito-me discordar do ilustre parlamentar, porque o coração do Minho é a velh.i. metrópole primaz, sacrário dos sentimentos de nobreza que distinguem a nossa gente minhota e dali irradiara - é no coração - que os sentimentos nascem -, gente que troca os vês pelos bês, mas não troca por nada o seu amor a Deus, à Igreja e à Pátria. Gente digna de apreço e carinho.
Dentro do critério há pouco apontado, defendo desde já que a escola de regentes agrícolas seja criada no concelho de Barcelos, o primeiro concelho rural do País, a menos de 20 km de Braga, Viana e Famalicão; a menos de 40 km do Porto e Guimarães, e em esplêndida situação para o efeito, para o que já dispõe até, nos arredores da pequena cidade, de alguns elementos a aproveitar.

O Sr. Nunes de Oliveira: - V. Ex.ª dá-me licença?

O Orador: - Faça obséquio.

O Sr. Nunes de Oliveira: - Quando me referi no meu discurso de 15 de Novembro passado à criação de uma escola de regentes agrícolas no coração do Minho estava, sem dúvida, no meu pensamento Barcelos, o maior concelho da região e o de maiores potencialidades do ponto de vista agrícola. Só não referi concretamente Barcelos por se tratar da minha terra natal, mas V. Ex.ª fê-lo agora com clareza e inteira justiça, como todos os que se preocupam com independência por estes problemas.
Congratulo-me com as pertinentes palavras de V. Ex.ª e apoio-as plenamente, pois que Barcelos, pela sua excepcional localização, como V. Ex.ª acaba de referir, além de outros argumentos mais que poderiam ser invocados, merece essa distinção.

O Orador: - Folgo em que V. Ex.ª declare a sua concordância com o que acabo de dizer, como era de esperar, dado o interesse que lhe merecem os problemas de ensino e neste caso o amor à sua linda terra natal.
Muito e muito obrigado.
Quer a criação do Instituto Comercial e Industrial de Braga, quer a criação da Escola de Regentes Agrícolas de Barcelos, têm de ser alvo da atenção dos responsáveis e os Deputados pelo círculo, sob pena de traírem o mandato que receberam dos povos que neles votaram, não podem mais abandonar o assunto, que têm de considerar o primeiro entre os primeiros a contribuir para o desenvolvimento regional.
É necessário que as forças vivas da região representem, com energia, perante o Governo, aquela energia que levou um grande da história de Portugal a dizer ao seu rei: «Se não, não.»
Sabemos - podemos afirmá-lo - que há da parte do Ministério da Educação Nacional a maior receptividade para o problema e também sabemos onde se ir buscar o dinheiro. O que se torna necessário, como já disse, é uma mão forte que assegure as necessárias prioridades e ao seu serviço coloquem todos, mas todos, os recursos disponíveis.
Sr. Presidente: A batalha em que o País se vai empenhar na execução do seu III Plano de Fomento é uma verdadeira batalha de sobrevivência. Creio que, se o Governo souber mobilizar todos os esforços e todos os recursos de que podemos dispor e se se estabelecer o clima político e social que para tal se impõe, nós venceremos batalha.
Eu creio que o Governo nisso se empenhará a fundo, porque o contrário - prometer e não cumprir ou descurar os mais altos objectivos nacionais - é desmentir a política de verdade e altamente nacional que sempre foi apanágio do Sr. Presidente do Conselho.
Nós devemos - todos nós - a Salazar a lealdade de o servir, e quando digo de o servir, digo servir a Nação, dentro da verdade e dos objectivos que caracterizam a sua política.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. A tarde haverá sessão, à hora regimental, com a mesma ordem do dia. Está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 15 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Albino Soares Pinto aos Reis Júnior.
André da Silva Campos Neves.
Antão Santos da Cunha.
António Calheiros Lopes.
António Dias Ferrão Castelo Branco.
Armando Cândido de Medeiros.
Armando José Perdigão.
Artur Correia Barbosa.
Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Francisco António da Silva.
Francisco Cabral Moncada de Carvalho (Cazal Ribeiro).
Francisco Elmano Martinez da Cruz Alves.
João Ubach Chaves.
José Vicente de Abreu.
Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.
Sérgio Lecercle Sirvoicar.
Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Agostinho Gabriel de Jesus Cardoso.
Albano Carlos Pereira Dias de Magalhães.
Alberto Henriques de Araújo.
Aníbal Rodrigues Dias Correia.
António Augusto Ferreira da Cruz.
António Barbosa Abranches de Soveral.
António Magro Borges de Araújo.
António dos Santos Martins Lima.
Artur Alves Moreira.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Augusto Duarte Henriques Simões.
Aulácio Rodrigues de Almeida.
Avelino Barbieri Figueiredo Batista Cardoso.
D. Custódia Lopes.
Deodato Chaves de Magalhães Sousa.
Fernando Afonso de Melo Giraldes.
Francisco José Roseta Fino.
Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro.
Hirondino da Paixão Fernandes.
Jaime Guerreiro Rua.
James Pinto Bull.
Jerónimo Henriques Jorge.
João Duarte de Oliveira.
José Coelho Jordão.
José Guilherme Rato de Melo e Castro.
José Henriques Mouta.