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TIMOR
1. São muito animadores os resultados da actividade económica da província de Timor no ano de 1967.
Com efeito, o deficit da balança do comércio, que atingira mais de 100 000 contos em 1966, desceu para pouco mais de 71 800 contos em 1967, apesar de um aumento, embora pequeno, nas importações. E as receitas ordinárias, que haviam acusado acréscimo em 1966, ainda subiram em 1967 para quase 100 000 contos.
Estes progressos talvez se possam considerar modestos. Mas quando se examina a situação económico-financeira dos países mais próximos de Timor e, de um modo geral, de todo o mundo do Oriente, tem de se reconhecer a resistência de um pequeno território, longe e sujeito a abalos políticos a que é alheio.
A província sofre do mal de que enfermam muitos territórios de economia incipiente, baseada na produção para exportação de dois produtos. Os consumos essenciais, como algumas substâncias alimentícias, ainda são importados, havendo, porém, indícios de progressos na produção interna, que já hoje satisfaz grande parte das necessidades locais. De modo que o problema de Timor reside não numa diminuição nas importações, mas no desenvolvimento de recursos materiais, em especial daqueles que a experiência demonstrou serem viáveis econòmicamente, como o café, e na introdução de outros que se julga poderem ser viáveis, como os produtos pecuários, para consumo interno.
Comércio externo
2. O deficit do comércio externo desceu para 71 834 contos. Em 1966 atingira a cifra anormal de 106 052 contos, três vezes superior ao total das exportações. A cifra de 1967 está num nível mais conforme com as condições da ilha e é susceptível de ser muito melhorada. Os elementos fundamentais são os que se seguem:
[Ver Diário Original]
O quadro revela o pequeno aumento nas importações de 6602 contos, e um grande acréscimo nas exportações, de 40 820 contos. A melhoria do comércio proveio de maior volume nestas últimas, que se elevaram a 76 236 contos, cerca de metade das importações.
Parecerá descabido regozijo, se assim se pode dizer, com os resultados de 1967. Mas em pequenos territórios sujeitos a crises, de lento e difícil progresso, uma pequena melhoria vale como incentivo a maiores progressos. Melhora pouco o nível de consumos, mas permite vislumbrar mais bem-estar se for intensificada.
Importações
3. As importações de 1967 representam o mais alto nível atingido numa longa série de anos e tiveram a origem que segue:
[Ver Diário Original]
O quadro indica que as importações de 1967 são superiores ao dobro das de 1957. Ver-se-á que quase se deu o mesmo nas exportações. Mas, neste caso, os valores são muito menores. Seja como for, os resultados, longe de serem brilhantes, trouxeram para um nível (72 000 contos) inferior ao de 1965, e muito inferior ao de 1966, o deficit na balança do comércio.
O exame da importação mostra a influência das matérias têxteis e das substâncias alimentares, bebidas, tabaco e outras. As primeiras subiram a 26 626 contos, um