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8 DE MARÇO DE 1972 3292-(91)

Comércio externo

3. O exame da evolução do comércio externo nos últimos dez anos dá nota das causas das dificuldades actuais.

O somatório das importações e exportações teve os seguintes valores nos três anos abaixo mencionados, em milhares de contos:

[.... ver tabela na imagem]

A penúltima coluna dá a percentagem das exportações no comércio total. Caíram de 41,1 para 35,5 por cento no espaço de tempo considerado. Na última coluna inscrevem-se as percentagens das exportações em relação às importações.

A situação agravou-se muito depois de 1965. Os deficits da balança do comércio andavam à roda de l 800 000 contos. Subiram para cifra superior a 4 800 000 contos. Houve a esperança de que os deficits encontrassem o equilíbrio de uma cifra mais de acordo com as condições da província. Mas os resultados dos anos de 1969 e 1970 vieram desvanecê-la.

Os saldos negativos subiram para valores superiores a 3 milhões de contos em 1969 e até perto de 5 milhões em 1970. Neste ano o desequilíbrio negativo é superior às exportações totais, como se vê a seguir:

[início de tabela]
contos
1938 - 308
1952 - 849
1960 - 1 547
1966 - 2 754
1967 - 2 225
1968 - 2 320
1969 - 3 410
1970 - 4 805
[fim de tabela]

É evidente que esta situação não se pode manter, sob pena de surgirem dificuldades no futuro difíceis de superar.

4. A causa do grande aumento no déficit da balança do comércio é devida ao desenvolvimento das importações, sem contrapartida adequada nas exportações.

Com efeito, os valores importados em 1970 atingiram 9 302 188 contos, mais l 811195 contos do que no ano anterior. Mas as exportações apenas aumentaram 415 831 contos - para 4 496 866 contos

A desfasagem das exportações em relação às importações transparece claramente dos números que seguem, para os dois últimos anos:

[... ver tabela na imagem]

O desenvolvimento industrial é incipiente e, havendo como houve no passado facilidades nas coberturas - durante muitos anos a província gozou de uma balança de pagamentos positiva -, essas facilidades tornaram-se mais frequentes. O comércio habituou-se a mondar vir de fora o que faltava, e talvez mais do que era necessário e possível. Os consumos supérfluos devem ter subido por esse motivo.

Os pareceres têm insistido sobre estes aspectos da economia provincial, aconselhando vigilância e remédios a tempo.

É mais fácil facilitar. E deste modo se criam dificuldades evitáveis.

Importações

5. O exame das cifras dá ideia de um esforço no sentido de atalhar os importações. Mas não surtiu quaisquer efeitos. Antes pelo contrário.

A tonelagem de mercadorias importadas em 1970 elevou-se a l 869 069 t, menos 87 222 t do que em 1969. Mas os valores aumentaram de 7 490 993 contos para 9 302188, mais l 811 195 contos. Quer isto dizer que o valor unitário aumentou muito.

A seguir indicam-se, em toneladas, as importações e exportações nos últimos dois anos:

[... ver tabela na imagem]

As cifras mostram uma diminuição, embora pequena (87 222 t), no peso das mercadorias importadas, e com acréscimo mais forte (2816991) no que se exportou. Parecia que este facto traria alívio à balança comercial, o que não aconteceu, dado o maior custo das mercadorias importadas e a baixa no valor unitário das exportadas.

Deste modo, assiste-se em Moçambique a uma deterioração nos valores unitários, contrários, em 1970, ao interesse provincial e geradores de uma balança comercial negativa volumosa.

Os valores unitários nos últimos amos foram os que seguem:

[... ver tabela na imagem]

A alta mo valor unitário da importação - de 3829820 para 4976$90, mais 1147$70 - é a razão principal do aumento do déficit.

Mas também se mostra que o valor unitário das exportações desceu, acentuando a sua influência na balança final.

O valor unitário no caso das importações foi o mais alto nos últimos seis anos. Esta é uma das razões da grande subida no déficit, que se deduz facilmente, cara o