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512 I SÉRIE - NÚMERO 15

classificaria de «inqualificável», tentando iludir o sentido das minhas perguntas com afirmações que não cabem nos meu considerandos, com afirmações que não têm nada a ver com aquilo que eu perguntei. É o caso concreto da sua diatribe acerca da Intersindical, que não tem nada a ver com as minhas perguntas.
O Sr. Ministro permitirá que lhe diga que escolheu do relatório as conclusões que quis e eu permito-me duvidar do critério que V. Ex.ª utilizou em relação a essa escolha, porque V. Ex.ª já várias vezes nos provou, e até à saciedade, aqui, que devemos ter as mais fundadas razões para duvidar de si.
Dou-lhe só um exemplo, Sr. Ministro: apresentou V. Ex.ª neste Plenário como prova irrefutável da conspiração insurreccional do dia 12 de Fevereiro, o caso dos indivíduos que foram detidos no Parque Eduardo vil. Se foi uma conspiração contra as instituições democráticas, com explica V. Ex.ª que esses indivíduos tenham sido todos libertados?
Sim, porque dos 4 que foram detidos já nenhum está preso!...
E porquê, Sr. Ministro?
V. Ex.ª, sistematicamente, usa e abusa do segredo de justiça, mas V. Ex.ª, que é formado em Engenharia e eu em Letras, faz sempre uma identificação entre processo e relatório e a partir daí monta todo um esquema que lhe permite fugir com parte do corpo à seringa da oposição.

Risos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, também por 2 minutos, o Sr. Deputado Mário Tomé.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Ministro do Interior, também a UDP se sentiu atingida na diatribe que V. Ex.ª fez, na medida em que é um partido que apoia a Intersindical-CGTP.
Considero totalmente intoleráveis as provocações que o Sr. Ministro lançou sobre a CGTP e, porque já muitas coisas foram ditas sobre este assunto pelos deputados que me antecederam, quero só dizer mais uma: se alguma responsabilidade eu reconheço na CGTP é a de permitir quer V. Ex.ª e o seu Governo ainda se encontrem no poder e não tenha corrido convosco daqui para fora.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Herberto Goulart, poderá informar a Mesa das razões por que pediu a palavra?

O Sr. Herberto Goulart (MDP/CDE): - Sr. Presidente, foi também para exercer o direito de defesa, não em relação a esta matéria, mas a outra situação especial que gostaria de expor a V. Ex.ª para ver se me concede a palavra.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, se V. Ex.ª começa por declarar que não se sente atingido por uma intervenção feita pelo Sr. Ministro, e me diz depois que quer exercer o direito de defesa sobre outro assunto, eu não posso conceder-lhe a palavra. Vou concedê-la ao Sr. Ministro para...

O Sr. Herberto Goulart (MDP/CDE): - Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Herberto Goulart (MDP/CDE): - Sr. Presidente, eu fui atingido pela intervenção do Sr. Ministro da Administração Interna num momento em que não me encontrava presente na Sala. Mas tomei conhecimento de afirmações feitas pelo Sr. Ministro acerca de uma anterior declaração minha que não correspondem à verdade, que são totalmente falsas, como é hábito do Sr. Ministro da Administração Interna.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, desculpe mas V. Ex.ª já está a exercer o direito de defesa, quando tinha apenas pedido a palavra para interpelar a Mesa.
Se V. Ex.ª diz que foi atingido por declarações prestadas pelo Sr. Ministro da Administração Interna numa altura em que não se encontrava na Sala, sem pôr em causa o ónus de que evidentemente todos temos que cá estar, eu acrescento mais 2 minutos aos 12 que já não devia ter ultrapassado em relação ao termo regimental desta reunião, e concedo-lhe a palavra.
V. Ex.ª exercerá então o direito de defesa e no fim o Sr. Ministro da Administração Interna...

O Sr. Santana Lopes (PSD): - Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Santana Lopes (PSD): - Sr. Presidente, a interpelação é no sentido de pedir à Mesa que não sejam esquecidos os critérios que estão hoje a ser utilizados, concretamente, os de que um deputado, quando não está presente e se sente atingido por afirmação produzidas anteriormente, quando chega, pode exercer o direito de defesa. Eu só peço que aquilo que está a ser hoje reconhecido à oposição o seja, noutras alturas, à maioria, e isto mais para a oposição, que normalmente é tão queixosa.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, foi a primeira vez que, no exercício actual das minhas funções, fui confrontado com uma situação destas, mas é evidente que não o deixarei de repetir se a situação voltar a ocorrer, seja com que deputado for.
Tem, portanto, por 2 minutos a palavra, Sr. Deputado Herberto Goulart.

O Sr. Herberto Goulart (MDP/CDE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Recebi há pouco a informação de que o Sr. Ministro da Administração Interna, em resposta ao Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, teria referido que em anterior sessão eu teria reconhecido que os trabalhadores da Fábrica de Loiças de Sacavém teriam sequestrado um dos administradores.
Eu entretanto pedi que me trouxessem o Diário relativo a essa sessão e tomo a liberdade de ler o que então disse:
(...) um plenário de trabalhadores, onde se encontravam mais de 700 trabalhadores, decidiu por unanimidade a expulsão do Sr. Monteiro Pereira, director e administrador da fábrica (...).

O Sr. José Manuel Mendes (PCP): - O que é completamente diferente do que o Sr. Ministro disse!

O Sr. Presidente: - Faça, favor.

O Orador: - A seguir, eu disse ainda: «(...) Não vou