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152 I SÉRIE - NÚMERO 4

quer políticas de fundo. Nesse quadro teria no PS terreno propicio para os (jogos de bastidores e para as manipulações políticas de que tanto gosta mas que os Portugueses categoricamente rejeitaram e não querem ver de volta. Naturalmente que tendo o PS tomado a atitude que tomou coligando-se com o PCP a hipótese de vida dispor de uma maioria num futuro previsível só por ironia se pode colocar.
Se o único caminho que o PS vislumbra para se acertar do Poder consiste em tentar destruir as condições de estabilidade politica e de eficácia governativa então a grande maioria dos portugueses não o acompanhara nesse percurso.
Ao manifestar a sua incapacidade para funcionar como oposição credível perante uma maioria parlamentar o PS revela afinal um traço característico da sua nova maneira de estar na política o PS evidencia que a verdadeira vocação dos seus actuais dirigentes não consiste em apre sentarem-se ao País como alternativa ao Governo antes reside em constituírem se como contrapoder.
Não é aqui os dirigentes do PS a tentarem provar a sua capacidade para virem um dia a assumir as pesadas responsabilidades de governar Portugal. Parecem mais apostados em apenas entravar a acção do Governo e em dizer mal de tudo para se tornarem notados para tal não recuando perante o recurso a quaisquer meios
Em Dezembro de 1988 o actual secretário-geral do PS afirmava Não defendo coligações com os partidos de esquerda Quero dar uma maior coesão coerência e credibilidade ao projecto do PS.
O que faz a ânsia de regresso ao Poder. Sem olhar ao preço a pagar atiram-se pela borda a coesão e a coerência e conjuntamente lá se vai também a credibilidade do projecto do actual PS.

Vozes do PSD - Muito bem!

O Orador - Aliás a aproximação que o PS vez em relação ao PCP vá na linha da regressão ideológica dos actuais dirigentes social estas a concepções há muito ultra passadas pela esquerda europeia. Este debate veio mostrar sem margens para dúvidas que a estranha aliança já teve profundas, consequências na maneira de actuar, e no discurso do actual PS. A esquerdização do PS tornou se patente.
O PS é agora aliado de um partido que resta contra toda e qualquer redução do peso do Estado na sociedade e na economia portuguesas e que leia seu arcaísmo ao ponto de atacar violentamente as privatizações através das quais o Governo está a liquidar uma das mais negativas heranças do 11 de Março.

O Sr. Jorge Lacão (PS): - E só disparates!

O Orador: - Jamais a actual direcção do PS manifestou sincero repudio pelas estruturas colectivizantes erguidas pelos comunistas em 1975 e que permaneceram quase intactas por largos anos.
E se hoje o sentimento generalizado da opinião pública obriga o PS a aceitar privatizações nem por isso os seus actuais dirigentes parecem ter ultrapassado os quadros mentais obsoletos da estatização.
Na verdade ao escutar insistentes vozes do PS, a reclamar aquilo que designam estratégia de modernização sentimo-nos transportados 20 ou 30 anos atrás. Parece estarmos a ouvir os mentores da esquerda dos anos 50 e 60 comunistas ou seus compagnons de route.
Decertor que os dirigentes socialistas portugueses não falam hoje abertamente em restauração em planeamento centralizado e seria apesar de tudo excessivo mesmo para quem perdeu a noção da modernidade. Mas se por absurdo as suas políticas estivessem a ser aplicadas o resultado prático seria o mesmo.
Para o PS estratégia de modernização ainda significa o Estado a determinar quais sectores as empresas e os produtos considerados com futuro e portanto a merecer apoio em detrimento daqueles considerados ultrapassados.
Da mente iluminada dos dirigentes socialistas sairiam então as directrizes sobre o tipo de investimento das ... produções a promover sobre as iniciativas... assim a golpes de permanente inter .... que o PS tentaria fazer evoluir a especialização da economia portuguesa no quadro da divisão internacional do trabalho.
Só à aproximação do PS ao PCP pode explicar que socialistas de um país da CEE surjam hoje a defender tais arcaísmos. Toda a esquerda moderna europeia percebeu já o disparate que será a pretensão de programar a nível estatal aquilo que é por natureza disperso e em constante mutação ao nível microeconomia.
Como foi fracasso dos modelos de Leste pôs em evidência a informação que está na base de decisões sempre sanais correctas apenas se encontra ao alcance de quem está directamente envolvido no terreno ou seja dos agentes económicos
De pouco serve dizer que se respeita o mercado se depois se pretendem impor modelos paternal estas de Estado à actuação das empresas e da sociedade.
Pela sua parte o Governo aposta na iniciativa privada livre de quaisquer tutelas paralisantes. As orientações estratégicas que o Governo deu corpo dizem respeito a apostas muito fortes na educação na formação profissional na ciência e a tecnologia nas infra-estruturas físicas e institucionais no reforço da autoridade democrática do Estado e na capacidade diplomática para de fender os interesses nacionais - em suma na criação de condições propicias na plena manifestação da ... criatividade dos Portugueses.
E criadas que foram essas condições os Portugueses estão a responder da maneira mais animadora.
Sr. Presidente Srs. Deputados: Só a clarificação daquilo que é e daquilo que pretende o actual PS salvou da completa irrelevância o debate da moção de censura apresentada por esse partido.
O País está agora totalmente elucidado sobre os objectivos estratégia e os processos de actuar deste PS de debate veio de facto confirmar o que temos dito o PS de hoje é passado pois mais não faz do que assumir permanentemente uma atitude conservadora perante os novos desafios da sociedade portuguesa.
O meu governo tem assumido claramente o futuro porque ele nos abre desde já as melhores perspectivas para o desenvolvimento e modernização de Portugal.
Os Portugueses estão - e sentem que estão - a viver uma das mais importantes fases, da já bem longa história nacional. Os Portugueses estão finalmente na trajectória dos países industrializados.
Estamos a dar o grande salto de uma secular eu crónica situação de ... desequilíbrios e subdesenvolvimento para o acesso a plena modernidade. Temos um projecto para Portugal feito de convicções fortes e alicerçado em princípios rigorosos. Sabemos o que queremos e temos um rumo.