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2442 I SÉRIE-NÚMERO 75

acautelar o que seriam os efeitos no tráfego gerados pelos mesmos.
É sobre esta matéria que gostaria de ouvir V. Ex.ª.

O Sr. Fernando de Sousa (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para fazer um breve comentário às palavras do Sr. Deputado Nuno Delerue.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Não lhe posso dar a palavra, Sr. Deputado, porque não existe a figura regimental que está a invocar.

O Sr. Fernando, de Sousa (PS): - Posso então voltar a colocar uma questão ao Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas?

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Também não. Pode é fazer a defesa da consideração...

O Sr. Fernando de Sousa (PS): - Sr. Presidente, gostava que V. Ex.ª interpretasse da melhor forma a possibilidade de dar uma achega a esta questão.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Sr. Deputado, regimentalmente, pode interpelar a Mesa ou fazer a defesa da consideração. São as únicas duas figuras que lhe restam para poder intervir.

O Sr. Fernando de Sousa (PS): - Peço, então, a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Fernando de Sousa (PS): - Sr. Presidente, queria apenas chamar a atenção para o facto de o problema levantado pelo Sr. Deputado Nuno Delerue não ajudar a explicar, por exemplo, por que razão a BRISA avançou agora com um novo posto de abastecimento de combustíveis, a ser concessionado pela SHELL, junto a Vila de Este, à entrada de Vila Nova de Gaia e que vai, justamente, congestionar, de maneira imediata e directa - não é o caso dos hipermercados, se bem que também ajudem ao congestionamento -, a auto-estrada, neste caso, no sentido Sul/Norte,...

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Muito bem!

O Orador: - ... numa área que faz parte de uma zona de protecção do centro hospitalar de Gaia, o que já levou à reacção da direcção do mesmo. Este hospital situa-se junto de uma escola pré-escolar e de moradores, que também já exprimiram o seu descontentamento e desacordo, de tal modo que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia não só alertou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a Junta Autónoma de Estradas e a BRISA como também solicitou o embargo da obra junto do tribunal judicial de Vila Nova de Gaia.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Muito bem!

O Sr. Nuno Delerue (PSD): - Sr. Presidente, com a bonomia de V. Ex.ª, peço a palavra também para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Espero que o Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas esteja atento a estas interpelações, porque elas se destinam mais a ele do que, talvez, à Mesa. Tem a palavra. Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Delerue (PSD): - Sr. Presidente, queria apenas fazer uma brevíssima consideração, dizendo o seguinte: o Sr. Deputado Fernando de Sousa confundiu duas questões na interpelação que fez. A primeira delas é uma questão de segurança, que não quero discutir; a segunda é um problema de tráfego.
Gostava, pois, que me fosse explicado - talvez o Sr. Secretário de Estado tenha essa rara capacidade - como é que uma bomba de gasolina situada na periferia da auto-estrada é, ela mesma, geradora de tráfego. A não ser que o preço dos combustíveis nessa bomba de gasolina seja de tal forma abaixo daqueles que são praticados no País que as pessoas vão lá de propósito meter gasolina!...

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Finalmente, para responder, tem a palavra o Sr. Secretário das Obras Públicas.

O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando de Sousa, as obras da terceira via da ligação Santo Ovídio/Carvalhos não avançam porque, efectivamente, temos conhecimento - o que, aliás, é público - de que, a determinadas horas, ela transforma-se em ligação de uma única via. Na realidade, as obras, por muito pouco que perturbem, causam sempre algum congestionamento. Aliás, isso ficou perfeitamente provado nas obras de Vila Franca.
Em todo o caso, se antes tivéssemos conhecimento do que se veio a passar durante essas obras, talvez tivéssemos avançado, em primeiro lugar, com determinadas obras de acesso à auto-estrada Porto/Lisboa, na zona de Lisboa, e só depois procedêssemos ao seu alargamento. Portanto, a não realização do alargamento que o Sr. Deputado referiu justifica-se, uma vez que com ele iríamos, de imediato, prejudicar o tráfego naquela zona.
Efectivamente, o tráfego na ponte do Freixo vai melhorar - sobre isso não tenho qualquer dúvida - e a solução dos Carvalhos não terá de esperar quatro anos, será mais rápida. Está a ser estudada uma solução pontual, difícil, mas espero que, dentro de um ano, ano e meio, esta solução também esteja adoptada. O mesmo acontece com a solução de Espinho, que tem de ser encontrada rapidamente.
Estes casos envolvem soluções pontuais que foram decididas e que, rapidamente, têm de ser implementadas, tão ou mais rapidamente do que seria, com certeza, o alargamento das faixas. Portanto, julgo que é preferível resolvermos primeiro os problemas laterais à estrada.
Estou convencido de que, nessa altura, será fácil realizar a obra de alargamento da ligação Carvalhos/Santo Ovídio sem grandes perturbações, uma vez que o tráfego, em termos de número de veículos, ainda não é excessivo nessa zona, a não ser devido a esses problemas que perturbam o tráfego durante determinadas horas.
Quanto à capacidade dos nossos empreiteiros em termos financeiros ou técnicos, devo dizer que a capacidade é grande: tecnicamente têm vindo a evoluir, os serviços são satisfatórios e, neste momento, não existem problemas financeiros. De facto, os problemas são os mesmos em todo o mundo... O Sr. Deputado Manuel dos Santos diz «não» com a cabeça. Sr. Deputado,