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618 I SÉRIE - NÚMERO 17

formas de raciocinar e de expor antes de dizer tanta coisa que nem e verdade nem rigorosa.

O Sr. Limo de Carvalho (PCP): - E a transferência para os beneficiários?

O Orador: - Sr Deputado Jorge Lacão, tive ocasião de esclarecer também, em longa e agradável reunião com a Comissão de Administração do Território, Poder Local e Ambiente, como é que estamos a pensar fazer toda a revitalização da faixa mais deprimida, que o senhor diz que está deserta ou em vias de desertificação.

O Sr. Gameiro dos Santos (PS): - Está, está!

O Orador: - É verdade que está; ninguém o nega! Estamos muito preocupados com isso e fazemos tudo para que não haja desertificação, isto em primeiro lugar.
Mas é também verdade que há o prolongamento da esperança de vida das populações, pois as condições sanitárias são melhores e as pessoas vivem mais, inclusivamente a própria esperança de vida tem aumentado e há muito mais idosos do que havia.

O Sr. André Martins (Os Verdes): - Isso é por todo o mundo!

O Orador: - Por outro lado, e explicando-lhe o porquê do programa das cidades médias, as populações estão, por muitas razões, a querer fixar-se nos meios urbanos,...

O Sr. Jorge Lacão (PS): - Sr. Ministro, aceita uma interrupção?

O Orador: - Não aceito, não!

Como eu dizia, as populações estão, por muitas razões, a querer fixar-se e a usufruir dos bens que só encontram nos centros urbanos de alguma dimensão e a querer escolher de entre vários empregos que podem encontrar-se nessas cidades.
Assim, todos os centros que têm mais de 5000 habitantes sobem automaticamente de povoação e só descem alguns dos que têm menos de 3000 habitantes...

O Sr. Gameiro dos Santos (PS): - Isso é por via administrativa?

O Orador: - Por isso, estamos a reforçar os meios de actuação das cidades médias e na rede de centros secundários que podem articular-se com a cidade média.
Fazemos isto sempre - e mais uma vez contrariando aquilo que o senhor tão enfaticamente disse - envolvendo as autarquias locais de todas as cores, também a do seu partido, buscando parcerias para garantir o reforço das condições de atracção dessas cidades.
Ora, isto é sinal de que estamos a envolvê-las não só em mais funções, como aquelas que são negociadas continuamente com grande frontalidade, paciência, minúcia e esclarecimento constante de todas as implicações que representam essas transferências, e mais ainda com estas novas que têm a ver com o reforço da base económica local De maneira que não há falência nenhuma, Sr Deputado Jorge Lacão.

O Sr. Jorge Lacão (PS): - Não me deixa explicar como e que há falências? Eu explico!

O Orador: - A nossa política tem sido sempre a mesma, ou seja, a de reforço dessas cidades para bem das populações.
Tive ocasião de dizer como e que tem subido o FEF e de manifestar a opinião de que não há em nenhum departamento da Administração Central subidas tão expressivas como as do FEF.
Todavia, o Sr. Deputado foi buscar um indicador fatal para si: o FEF sobre o PIB. Mas, é evidente que tendo subido o PIB, tanto quanto subiu, isso é uma questão de numerador e de denominador, Sr. Deputado. Subiu o nível de vida das populações...

Aplausos do PSD.

..., portanto, tendo subido muito o numerador, acontece que a relação diminuiu.

Vozes do PS: - Ah'

O Orador: - Mas isso e contraditório com tudo aquilo que o senhor acabou de referir.

Vozes do PS: - Ah e?!...

O Sr. José Sócrates (PS): - Que argumento miserável!

O Orador: - Quanto à ideia de que há uma vingança eleitoral, isso não passa pela cabeça de ninguém!..

Vozes do PSD: - Passa pela cabeça do PS!

O Orador: - Aliás, espero que isso não traduza a postura do PS, isto é, espero que a postura do PS não seja a de dizer: «Eles não votaram em nós; vamos vingar-nos!»
Não! Felizmente, para nós e para toda a sociedade, esta coisa das eleições é recorrente- há-as de quatro em quatro anos. De maneira que qualquer vingança ou falta de ética, mais tarde ou mais cedo, vem a ser punida...

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Ah pois, não tenha dúvida!

O Orador: - ..., e nós temos medo da punição! Se nós nos vingássemos agora de algum entendimento negativo das nossas políticas seríamos, seguramente, penalizados no ano de 1995.

Vozes do PS: - Já foram!

O Orador: - Não, Sr. Deputado! O que queremos é, pela persuasão e pela acção, demonstrar a correcção das políticas, pois o que nos move são princípios muito mais nobres do que aquilo que está a dizer.

O Sr. Nuno Delerue (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Vamos, pois, mostrar a todos, através da correcção das nossas políticas, que não tiveram razão para preferir o PS e que vão continuar a preferir-nos nas próximas eleições.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Adriano Moreira.

O Sr. Adriano Moreira (CDS-PP) - Sr. Ministro, gostaria de fazer uma pergunta simples de formular mas, certamente, difícil de responder. No entanto, antes de fazê-la,