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2232 I SÉRIE - NÚMERO 65

compreendem a atitude do PSD e a sua maneira de fazer política. O PSD agora vem restaurar o populismo. Mas será que o PSD não quer que existam grupos económicos?

O Sr. José Magalhães (PS): - Ora aí está!

O Orador: - Será que quer que os nacionalizemos de novo?

Protestos do PSD.

Será que quer um plafond máximo para a riqueza nacional? Será que quer que o Governo não lide com os grupos económicos?

Aplausos do PS.

Será que querem que um governo responsável não apoie os grupos económicos nacionais, num período de desafios altamente exigentes da internacionalização da economia portuguesa, quando é absolutamente essencial manter a competitividade das empresas portuguesas, na mais dura batalha económica da nossa existência?

Aplausos do PS.

Porquê esta atitude do PSD, fazendo uma interpelação de que não conhecemos precedentes em nenhum país da União Europeia? São cinco as razões que o levaram a fazer esta interpelação: a primeira é a de que nós, no Governo, estamos a resolver os problemas que o PSD não foi capaz de resolver e deixou para este Governo,...

Aplausos do PS.

... na Lisnave, na Torralta, na Grão-Pará, na TAP, nas Caixas de Crédito Agrícola! E estamos também a resolver o problema de capacitar os grupos económicos portugueses para enfrentar a internacionalização da economia.
Somos hoje, felizmente, um País que já não é só objecto de investimento estrangeiro, é também sujeito de investimento no exterior.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Somos hoje um país de onde se não continua a emigrar mas um país para onde se imigra, fruto da prosperidade económica criada.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Nos últimos dois anos, em 1996 e 1997, investimos nos países africanos de língua portuguesa duas vezes e meia mais do que nos dois anos anteriores, e investimos na área da CPLP, neste período, doze vezes mais do que 1994 e 1995.

Aplausos do PS.

A segunda razão pela qual o PSD fez a interpelação que fez, é que nós somos capazes de privatizar mais e com maior transparência do que o PSD. Em 1996 e 1997, privatizámos duas vezes e meia mais do que em 1994 e 1995; em 1996 e 1997, privatizámos mais do que em 1991, 1992, 1993, 1994 e 1995, e isso custa muito ao PSD!

A terceira razão da interpelação é porque nós subimos no índice da competitividade mundial. O relatório mensal, de que tanto gostam, do Institut for Management Development, publicado em Lausana ainda recentemente, mostra como subimos de 32.º, em 1997, para 29.º, em 1998, enquanto outros, como a Espanha, passaram de 25.º para 27.º. Este relatório mede, precisamente, a capacidade de um país para ajudar as suas empresas a competir na globalização.
A quarta razão da interpelação de VV. Ex.ªs é porque nós reduzimos a intervenção tradicional do Estado na sociedade e na vida económica, libertando as empresas para a sua reconversão, para a sua valorização e para competirem internacional-mente. Nós eliminámos as distorções à concorrência, sendo o País que melhor cumpre as regras do Mercado único. Temos um banco central hoje ainda mais independente, e teremos um Banco Central Europeu, a que estamos em condições de aderir, ainda mais independente.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Fomos capazes de reforçar os mecanismos de controlo dos subsídios pelo Tribunal de Contas - essa grande força de bloqueio para o PSD no governo anterior! - e estamos submetidos a um rigoroso controlo por parte das entidades europeias.

Aplausos do PS.

E estamos em condições de aderir à Moeda única, que é o que irrita profundamente VV. Ex.ªs, precisamente na véspera de irmos concretizar a adesão do País à Moeda única!
A quinta razão é porque nós melhorámos a acção incentivadora do Estado, isso, sim, no apoio à modernização e à internacionalização da economia portuguesa, com resultados no crescimento económico, crescendo em 1996 e 1997 acima da média europeia e resolvendo os problemas da convergência real, quando, com o governo de VV. Ex.ªs, crescíamos abaixo da média europeia e nos afastávamos da Europa.

Vozes do PSD: - Isso é falso!

O Orador: - E isto com resultados no controlo da inflação, nas taxas de juro, no investimento.
Em 1996 e 1997, investimos mais 25% nos países africanos de língua portuguesa do que em 1994 e 1995, e 45% mais na área da CPLP. Isto em dois anos, comparando com dois anos da governação de VV. Ex.ªs!
Hoje, o consumo é acessível às famílias, o rendimento das famílias melhorou, o desemprego baixou, os salários reais crescem moderadamente mas crescem de uma maneira sólida, sem sobrecargas fiscais.

O Sr. Luís Filipe Madeira (PS): - Crescem, crescem! Ouçam!

O Orador: - E também reorientámos as prioridades orçamentais do Estado para beneficiar as áreas sociais em detrimento das áreas de aparato político, criando o rendimento mínimo garantido, apoiando o ensino pré-escolar e melhorando as pensões para as famílias de menores rendimentos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Há problemas, mas aquilo que o PSD quer não é a resolução dos problemas; o que o PSD não tolera,