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votar contra este projecto de lei, nesse dia de luta nacional contra dor, se lembrem dos outros, dos tais outros que o Sr. Eng.º Guterres considerava, claramente, fora deste Hemiciclo e, de certo, com pouca relevância: aqueles que não conseguem uma consulta, não conseguem um médico, não conseguem uma cirurgia, não conseguem coisa alguma!

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Uma vergonha!

A Oradora: - Pelo menos nesse dia, gostava que tanta hipocrisia recolhesse, para os senhores pensarem que não vale a pena, por mais um voto, mandar uns para Espanha e outros para o cemitério.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado José Magalhães pediu a palavra para que efeito?

O Sr. José Magalhães (PS): - Para exercer o direito de defesa da honra da minha bancada, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. José Magalhães (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Maria José Nogueira Pinto, a intervenção de V. Ex.ª foi anunciada como o fecho deste debate e alguém alvitrou, de forma sorridente e brejeira, que seria um fecho com "chave de ouro". Confesso que a ouvi atentamente e não vislumbro vestígios de "ouro"; pelo contrário, vi outras substâncias cuja presença no Plenário, normalmente, convida a uma atitude de abandono e de desprazer.
Devo dizer que fiquei um pouco surpreendido porque V. Ex.ª fez gala, em determinado momento da sua trajectória política na bancada do CDS-PP, em ser o oposto do "Rato Mickey", ou seja, ter uma atitude digna e elevar o debate!

Risos do PS.

Todavia, V. Ex.ª subiu ao alto da "montanha" e de dentro do seu discurso saiu alguma coisa que não qualifico, porque V. Ex.ª já sabe em que é que estou a pensar, ou melhor, em que é que todos estamos a pensar: é pequenino, é pequenino, Sr.ª Deputada!...

A Sr.ª Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP): - Mas olhe que faz falta!

O Orador: - Estava a discutir-se a reforma da saúde. Ainda ontem, os meus camaradas de bancada e a Sr.ª Ministra da Saúde exibiram ao País um conjunto de compromissos quantificados que cumprem a Constituição e constituem um esforço sério para dar resposta a problemas que, sérios sendo, são tratados por nós com serenidade, com realismo, com franqueza, honestidade e ouvidos abertos.
Estávamos aqui para ouvir V. Ex.ª. E o que é que ouvimos? Um conjunto e um arrazoado para o qual não é preciso, de facto, gastar dinheiro com um Deputado! Tudo, para dizer: "Não fazem nem deixam fazer"!? Para fazer o arrazoado com que V. Ex.ª brindou a acta, Sr.ª Deputada, não é preciso "deputar"; qualquer um, a ressonar, diz tais coisas!
Onde esteve o diagnóstico? Onde estiveram as medidas? Estiveram num ponto: V. Ex.ª perdeu a revisão constitucional e queria ganhar aqui a revisão constitucional que perdeu! Não pode, Sr.ª Deputada.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Não pode e não deve!
Por outro lado, V. Ex.ª não só se coloca contra a Constituição como usa da pior demagogia populista no preciso momento em que o Governo e a bancada que o suporta fazem um esforço sério de quantificação objectiva de metas de qualidade na saúde, que é a grande aposta desta legislatura e da próxima. É nisso que estamos empenhados.
De V. Ex.ª recebemos zero em contributos, e isso é lamentável e inaceitável.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações, querendo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria José Nogueira Pinto.

A Sr.ª Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado José Magalhães, penso que o facto de ter sido V. Ex.ª a dizer essas coisas é mais do que revelador do que se passou esta tarde.

Vozes do CDS-PP: - Exactamente!

A Orador: - De facto, fechámos o debate com uma "chave bem de latão", que foi a sua, na linha do que tem sido a intervenção da bancada do PS.
Quero dizer-lhe que a alusão que fez, também na linha de muitas outras pouco dignificantes - mas elas ficam com quem as fazem -, ao meu vencimento como Deputada se aplicava largamente aos inúmeros Deputados da bancada do PS, que, ao longo destes quatro anos, não abriram a boca.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. José Magalhães (PS): - Diga um! Diga um!

A Oradora: - Não abriram a boca, Sr. Deputado!
Publicamente, considero que mereci e mereço a remuneração que me dão.
Fechámos, de facto, com uma "chave de latão", mas foi a sua, Sr. Deputado.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado José Magalhães pediu a palavra para que efeito? Tem de caracterizar a figura.

O Sr. José Magalhães (PS): - Para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. José Magalhães (PS): - Sr. Presidente, queria apenas que V. Ex.ª deixasse inteiramente claro, eu próprio o farei, se me autorizar, que usei da palavra porque, como V. Ex.ª e quem leu o Regimento alguma vez, sabe, só podem usar da palavra em defesa da bancada os membros da direcção do grupo parlamentar. Neste momento, os únicos membros da