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44 I SÉRIE — NÚMERO 87

Ora, Sr. Deputado, para nunca coincidirem com eleições, se calhar, nunca se viria a realizar a obra! O Orador: —Mas não de qualquer um, nem de qual-

quer modelo. Aplausos do PS. A minha bancada requereu a interpelação ao Governo sobre política de transportes por considerar precisamente, e O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para uma inter- em primeiro lugar, que o Governo não tem uma verdadeira

venção, tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento política de transportes. Social. Este Governo, mais do que pensar, agita-se, reage — e

o debate confirmou-o! O Sr. Ministro do Equipamento Social: —Sr. Presi-

dente, não é para uma intervenção mas para responder ao O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Muito bem! Sr. Deputado, atendendo ao humor que há pouco introdu- ziu… O Orador: —De facto, não planeia, vai fazendo obras

que rapidamente, em certos casos, até se tornam em «bicos O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sr. Ministro, dei- de obra», de que o TGV é um exemplo paradigmático.

lhe a palavra para uma intervenção. Senão vejamos: os estudos encomendados oportuna- mente concluíram que o traçado deveria ser aquele que O Orador: —Sr. Presidente, vou produzir uma inter- estabelecesse uma ligação Lisboa/Porto e outra que se

venção, mas aproveito para responder. dirigisse a Madrid, Espanha, mas, há semanas, o presidente da RAVE apresentou um projecto completamente diferente O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sendo assim, faça e antagónico.

favor. Se esta situação já era anómala, mais estranho é que, a acreditar na imprensa escrita, nem o presidente da CP, nem O Orador: —Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho, o presidente da REFER tinham qualquer conhecimento

relativamente ao IC1 e ao IC8, para lhe dar a ideia exacta desta mesma proposta. Não havia nem há estudos, e ela é de como as coisas estão, devo dizer que esta concessão tanto mais surpreendente quando o anúncio significa, no está em fase de negociações com os dois concorrentes fundo, abandonar o actual sistema do caminho-de-ferro. finalistas, a Brisol, do Grupo Brisa, e a AE Costa de Prata, do Grupo Somague/Edifer/MFF, que a construção dos O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Exactamente! lances Marinha Grande/Louriçal, Louriçal/Figueira da Foz/Mira e Louriçal/Pombal está a decorrer de acordo com O Orador: — O debate público, Sr. Ministro, foi mal os prazos, estando a data de adjudicação prevista para o 2.º lançado — há que reconhecê-lo — e, até agora, pouco se semestre deste ano, e, depois, se tudo correr como espera- tem debatido de questões estratégicas e de fundo. O grosso mos, o que acontecerá certamente porque os prazos são das intervenções está eivado de espírito localista, o que até para ser cumpridos, a data de adjudicação do último lance se compreende em ano de eleições autárquicas. está prevista para o 1.º semestre de 2005. Esta falta de uma verdadeira política integrada de

São estes os dados objectivos que não queria deixar de transportes tem graves consequências. A gravidade que lhe dar, Sr. Deputado. resulta da falta de definição de «prioridades técnicas» nas

opções pelo Governo é perfeitamente ilustrada pela situa-Aplausos do PS. ção caótica dos transportes públicos nas Áreas Metropoli- tanas de Lisboa e Porto. O Sr. Presidente ( João Amaral): — Srs. Deputados,

não havendo mais inscrições, considero encerrada a fase Vozes do CDS-PP: — Muito bem! do debate.

Para produzir a intervenção de encerramento, em nome O Orador: — O plano de investimentos, se quisermos do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr. ser benevolentes, ou a lista, se quisermos ser realistas, Deputado Miguel Anacoreta Correia. apresentada pelo Governo não estabelece claramente quais

as suas prioridades e critérios de investimento e propõe-se, O Sr. Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP): — Sr. por isso, investir em tudo aquilo de que se lembrou ou que

Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputa- lhe sugeriram. dos: Gostaria, primeiro que tudo, de dizer de forma ine- Lembre-se, ainda e novamente, o caso do TGV, para o quívoca ao Sr. Secretário de Estado que somos pelo com- qual o mesmo Governo já apresentou — repito —, a este boio de alta velocidade. propósito, duas estratégias completamente opostas. Na

vizinha Espanha, ao contrário, o projecto do TGV mante-O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Claro! ve-se igual, mesmo depois da mudança de governo. É que, em Espanha, as propostas eram consistentes e credíveis! O Orador: —Posso até repeti-lo: a minha bancada é a

favor do comboio de alta velocidade! O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Muito bem! O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Mas não de qual- O Orador: — Nas razões por que requeremos esta in-

quer um! terpelação, importa dizer, em segundo lugar — e este é um