O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE MAIO DE 2001 43

para trás esteve mesmo mal! Cumpre recordar que quem diz! esteve para trás e quem várias vezes mudou as administra- Por isso, gostaria de saber, quem é que, afinal de con-ções do famigerado metropolitano do Mondego foi exac- tas, governa, quem é que dá ordens, quem é que manda, se tamente o Governo de que o Sr. Ministro faz parte. Cons- não ficamos sem perceber! tamos, por isso, que as coisas de facto mudaram. Vamos Uma coisa percebemos: quem ficou penalizado foram ter fé que mudem mesmo para melhor! os utentes do Baixo Mondego. Esses, sim, foram claramen-

No entanto, vamos já adiantando que, cirurgicamente, te penalizados, e até hoje não conseguiram ser ressarcidos! foram apontadas duas datas que, a nosso ver, trazem algu- ma desconfiança. A primeira data refere-se à abertura do Aplausos do PSD. concurso do projecto exactamente no final deste ano. De acordo com a segunda, é suposto que as obras avancem lá O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para uma inter-para 2003. Mas depois, o Sr. Secretário de Estado, com um venção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e certo decoro, reconheça-se, já não foi capaz de dizer quan- dos Transportes. do é que essas obras terminam. De facto, apontar uma data completamente irrealizável seria já um pouco abusar da O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Transpor-paciência dos conimbricences. tes: —Sr. Presidente, Srs. Deputados: Gostaria de fazer

Relativamente a comboios naquela zona, quero também um breve apontamento acerca do Metro Mondego. perguntar-lhe o que é que o Governo pensa do ramal entre A empresa Metro Mondego, S.A. foi constituída em a Figueira da Foz e a Pampilhosa. Coloco esta questão 1994, há sete anos, sem qualquer participação directa do porque VV. Ex.as tanto verberaram o anterior governo de Estado. E, pelas mais diversas vicissitudes, que não vale a que nada fazia e o que é facto é que, volvidos seis anos, a pena estarmos aqui a escalpelizar, ao longo destes sete situação está ainda pior! Aliás, está tão mal que, no último anos não conseguiu, de facto, que fosse lançado o projecto mês, e porque a avaria foi tão grande, não foi possível do Metro Mondego. sequer fazer circular um único comboio naquela linha! Ora, quando nos vimos confrontados com esta questão

Seria bom, portanto, que algo fosse definido, com al- e nos foi solicitado que o Estado entrasse no capital e se guma coragem política, para percebermos o que é que assumisse como accionista maioritário, para que a empresa pretendem fazer. ganhasse maior dinamismo e o concurso fosse lançado o

O Sr. Ministro teve ainda a oportunidade de introduzir mais rapidamente possível, tomámos essa decisão, estando neste debate algumas questões relativas à rede rodoviária, já agendada para o próximo dia 4 uma reunião da assem-pelo que gostaria de dizer-lhe o seguinte: em 1998, o Sr. bleia geral dos novos accionistas, onde o Estado detém Ministro Cravinho foi à Figueira da Foz anunciar o IC1 e o 53%, cada uma das três câmaras municipais detém 14%, a IC8 – dizia ele que era para o ano seguinte. Ora, tanto CP mantém-se na estrutura accionista com 2,5% e entra a quanto sei, estamos em 2001 e a resposta dada pelo seu REFER, que não fazia parte da empresa, porque ainda não Ministério ao último requerimento que formulámos a esse existia quando foi criada a Metro Mondego, S.A. Mas faz propósito é a de que, quanto muito, a negociação com os todo o sentido que a REFER faça parte da estrutura accio-tais consórcios estará concluída lá para o final deste ano. nista da empresa. Só que, por este andar, os compromissos solenes deste Há muito pouco tempo respondi a um requerimento Governo ficam da maneira como estão! apresentado por si, Sr. Deputado, onde dizia, de uma for-

Já agora, porque é que o Sr. Ministro e o seu Governo ma realista, que as obras só poderiam arrancar no fim de fazem um contrato-programa com a Câmara Municipal de 2002. E esta é a realidade! Mira para a construção de uma variante à povoação de Ora, percebemos a incomodidade dos cidadãos da Li-Mira e não fazem o mesmo com a Câmara Municipal da nha da Lousã, percebemos a incomodidade daqueles a Figueira da Foz, onde os problemas são muito maiores? quem foi criada a expectativa da construção no casco ur-Desculpe que lhe diga, Sr. Ministro, mas essa dualidade de bano de um metro ligeiro de superfície e que há sete anos critérios não lhe fica bem, nem a si, nem a este Governo. estão à espera que a situação se resolva. Mas a população da Figueira da Foz não deixará de estar É por isso, Sr. Deputado, que acho extraordinário que suficientemente atenta. agora nos venha dizer que estamos a desenvolver todo este

Por último, gostaria de dizer-lhe, Sr. Ministro, que esforço, assumindo o compromisso de lançar o concurso aquando dos impactos das cheias no Baixo Mondego, foi ainda este ano, porque há eleições autárquicas! aqui por nós pedido, e chumbado pelo seu grupo parla- mentar, um inquérito rigoroso ao que tinha acontecido com A Sr.ª Manuela Ferreira Leite ( PSD): — Não! O PS vista à real assunção das responsabilidades. Pasme-se que não faria uma coisa dessas! agora o presidente do INAG (parece-me que é um Instituto tutelado pelo Governo) veio reconhecer publicamente que, O Orador: —Acho isto espantoso! Porventura, prefe-entre outras coisas, estava tudo mal feito e que não houve riria o Sr. Deputado que o Governo dissesse o seguinte: manutenção! «há possibilidades de lançar o concurso ainda antes do

O Sr. Secretário de Estado Rui Cunha está a franzir o final de 2001; há possibilidades de iniciar as obras antes do sobrolho, mas poderá consultar as palavras do presidente final de 2002; há possibilidades de, em parte do percurso, do INAG numa entrevista que vem publicada no Diário de as novas composições já circularem antes do fim de 2004. Coimbra. Disse ele, nessa entrevista, que «há falta de co- Mas, havendo todas estas possibilidades, o Governo vai ragem política». De quem? Deste Governo! Diz também protelar o processo, porque não bastam os sete anos de que «há falta de meios e falta de organização». É ele que o espera, é preciso que nunca coincidam com eleições!».