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38 I SÉRIE — NÚMERO 87

tempo demais. Deixe os anúncios para nós, que nos pro- fluvial, que também é importante nesta área, no que con-pomos ser oposição, e tente dar-nos factos para ver se, ao cerne à ligação ao sul do Tejo. menos, ainda consegue convencer alguém a votar em si Sr. Ministro, para o incentivo ao abandono do transpor-nas próximas eleições legislativas. te individual é fundamental um forte investimento e uma

forte aposta no transporte público. E, na nossa perspectiva, Vozes do CDS-PP: —Muito bem! essa aposta nesta grande área metropolitana não tem sido feita de acordo com as necessidades existentes. O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para responder, Mas esta questão prende-se, naturalmente, com uma

tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Epifânio. outra que pretendia colocar-lhe ainda há pouco e que é a do anúncio da estratégia nacional para as alterações climá-O Sr. José Manuel Epifânio ( PS): — Sr. Presidente, ticas. Dizia eu que documento mais vago do que este era

Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, considero extrema- impossível conceber! mente interessante que venha falar das asneiras da TAP. Ora, o Sr. Ministro conhece, com certeza, o relatório da Devo dizer-lhe que este Governo irá ser conhecido como o União Europeia que refere e conclui que Portugal lidera o Governo que, finalmente, resolveu finalmente o problema aumento de emissões de gases que provocam o «efeito de da TAP. estufa» no sector dos transportes.

Portanto, tendo o Governo apresentado esta estratégia Risos do CDS-PP e do PSD. nacional e sendo esta uma questão evidentemente pluridis-ciplinar, pois atravessa diversos ministérios, gostava de Tudo o resto, a história encarregar-se-á de dizer. saber, afinal, qual a estratégia para o sector dos transpor-Eu afirmei e reafirmei que este Governo tem uma polí- tes, no que respeita à diminuição de emissões de gases que

tica de transportes. Essa era a razão – não sei se se esque- provocam o «efeito de estufa». ceu – da sua interpelação. E, além de ter uma política de Ainda em relação à questão do abandono do interior do transportes, tem um conjunto de obras implementadas no País e naquilo que respeita, evidentemente, ao desincentivo terreno. Há pouco, o meu colega Miguel Coelho disse que ou, no fundo, ao desinvestimento na área dos transportes, lhe pode fornecer uma listagem de, pelo menos, 108! Pos- gostava de saber se o Sr. Ministro tem consciência, no que so dar-lhe uma fotocópia, com muito prazer… se refere ao transporte colectivo rodoviário, do número de

carreiras que foram eliminadas depois do desmembramen-Vozes do PS: —É melhor! to da Rodoviária Nacional, nomeadamente daquelas que foram eliminadas no âmbito do XIII e do XIV Governos O Orador: —Portanto, isso significa que, para além Constitucionais, fundamentalmente pelo facto de determi-

de ter uma política, para além de ter uma estratégia, para nados percursos não terem a rentabilidade necessária. além de ter garantido os meios financeiros para a executar, Por outro lado, Sr. Ministro, gostava de suscitar uma este Governo até está a fazer as coisas no terreno. questão que ainda não foi aqui referida hoje mas que me

parece importante e, nessa medida, gostava de o alertar O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Está a fazer lis- para a mesma, que é a da falta de adaptação dos transpor-

tas! tes colectivos aos deficientes. De facto, os transportes colectivos não estão adequados ao transporte de pessoas O Orador: —Infelizmente para si, talvez, mas, para os com deficiências e isso representa, evidentemente, mais

portugueses ainda bem que o PS ganhou as eleições. uma discriminação para essas pessoas, que, no âmbito da nossa sociedade, encontram já diversas dificuldades de Aplausos do PS. mobilidade. Por fim, Sr. Ministro, gostava de referir que o investi-O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para uma inter- mento deste Governo nas vias rodoviárias não tem compa-

venção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia. ração e contrasta até com a timidez do investimento no sector ferroviário. Mas, neste momento, o Governo coloca A Sr.ª Heloísa Apolónia ( Os Verdes): — Sr. Presiden- o debate, em torno do transporte ferroviário, na questão do

te, Srs. Deputados, Sr. Ministro do Equipamento Social: V. TGV e apresenta-o, na nossa perspectiva, sem qualquer Ex.ª não respondeu à minha pergunta de há pouco e, por- estudo de viabilidade e de impacte ambiental e sócio-tanto, quero repeti-la, porque gostaria de ouvir a sua refle- económico, relegando para um plano inferior de preocupa-xão sobre a matéria. ção a linha ferroviária convencional. TGV que, aliás, não

Sr. Ministro, na sua perspectiva, como é que se aliciam se sabe quem serve, como serve e para o que serve! e incentivam as pessoas à utilização do transporte público, Espero, Sr. Ministro, que esta não seja mais uma da-nesta grande área em redor de Lisboa, e refiro-me às pes- quelas questões megalómanas que são decididas primeiro e soas que, diariamente se deslocam para Lisboa, quando o só depois se fazem os estudos para justificar as decisões tempo que gastam, da porta de sua casa à porta do seu previamente tomadas. É que as coisas devem ser feitas emprego, é sensivelmente o mesmo, quer utilizem o trans- precisamente no sentido inverso! porte público, quer utilizem o transporte individual? Isto, na nossa perspectiva, Sr. Ministro, tem muito a ver com a O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para uma inter-falta de coordenação e de ligação entre as diversas modali- venção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e dades de transporte, desde o rodoviário ao ferroviário e ao dos Transportes.