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4046 | I Série - Número 074 | 15 de Abril de 2004

 

… e é muitíssimo pouco apropriada para o espaço em que estamos.
Porque, Sr. Secretário de Estado, há uma coisa que é importante no debate político, pelo menos nós respeitamos…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Onde é que está a ofensa?!

A Oradora: - Sr. Deputado Luís Marques Guedes, eu esclareço-o: para mim a expressão reaccionário é ofensa. Provavelmente não será para o Sr. Deputado, mas para mim é e essa foi a razão pela qual pedi a palavra.
Julgo que o Sr. Presidente me deu a palavra…

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Oradora: - Do nosso ponto de vista, é inaceitável que um membro do Governo - eu não sei, Sr. Secretário de Estado, qual é o seu currículo mas respeitá-lo-ei - se permita ignorar o conhecimento técnico e científico de pessoas do nosso país que têm investigado, estudado e suportado tecnicamente críticas em relação àquelas que são as opções do Governo!… O senhor pode gostar ou não gostar, não tem, no entanto, capacidade…

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Capacidade?!…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Que história é essa?!

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Este é um país livre!

A Oradora: - … para poder contestar aquilo que são factos estudados, que não são nossos, mas que nós conhecemos e evocámos, e que, penso, o poder político moderno que exerce funções não se pode dar ao luxo de ignorar.
Sr. Secretário de Estado, falo-lhe, por exemplo, daquilo que é a sua manipulação em relação à questão energética no nosso país, ao desperdício energético, à falta de eficiência. Aliás, o Sr. Secretário de Estado faz esta coisa espantosa de ignorar alterações climáticas. Nenhuma pessoa que exerça funções públicas e funções de responsabilidade em serviços públicos, permita-me que lhe diga, pode ignorar aquilo que o conhecimento técnico e científico já permitiu adquirir.
Aquilo que o senhor fez foi um discurso que podia fazer sentido há 30 anos, embora muito ofensivo para a Câmara, mas não é, seguramente, aquilo que alguém que hoje desempenha funções governativas se pode permitir dizer, porque o conhecimento existe e permite dizer que há problemas gravíssimos do ponto de vista da saúde, do ponto de vista da segurança e do ponto de vista da gestão e da avaliação dos riscos que decorrem das alterações climáticas. Ora, ignorar isto é irresponsabilidade política, qualquer que seja o governo que o faça.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, o seu tempo esgotou-se.

A Oradora: - Sr. Secretário de Estado, em segundo lugar, gostava…

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, o seu tempo esgotou-se. Tem de concluir.

A Oradora: - Para terminar, eu gostava de dizer-lhe, Sr. Secretário de Estado, que é inaceitável fazer manipulação e comparações com outros países. Os outros países, ao contrário de Portugal, para cumprirem a redução, têm de fazer um esforço muitíssimo maior. E sabe porquê? Porque há muito que não têm desperdício energético e o senhor tem obrigação…

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, o seu tempo esgotou-se.
Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Economia.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Economia: - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, naturalmente que respeito o facto de se sentir afectada pelo epíteto que lhe coloquei, mas obviamente que penso que o debate político é perfeitamente franco. Estou aqui numa discussão aberta e ao nível político, mas se lhe faz mossa essa designação, naturalmente que posso substitui-la por outras designações: