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4161 | I Série - Número 077 | 22 de Abril de 2004

 

pretende ir o PS nesta matéria.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Aquilo que esperávamos da parte do Partido Socialista era uma atitude séria e responsável, que ao menos compensasse o enorme défice em que deixou a situação florestal do País nos seis anos em que esteve no governo, mas já verificámos que não é assim.
Os senhores sabem que esta Assembleia da República tem múltiplas formas de acompanhar a actividade do Governo: neste Plenário, na 1.ª Comissão, na Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, naquilo que tem a ver directamente com estas matérias, e, portanto, não compreendemos esta proposta, ela não faz sentido.
Srs. Deputados, há uma frase que valeria a pena aqui recordar, até para que o Partido Socialista consiga explicar por que razão propõe o funcionamento de uma comissão só até ao próximo dia 31 de Dezembro, e que passo a ler: "Ninguém pode ter a ilusão de que uma política florestal que foi totalmente frustrante em três décadas vá mudar em apenas seis meses". Sabem quem fez esta afirmação, Srs. Deputados? Foi o Sr. Presidente da República, na semana passada.
A pergunta que se põe ao Partido Socialista é esta: como é que os senhores querem, com uma comissão que funcione até ao final deste ano, até ao próximo dia 31 de Dezembro, acompanhar um trabalho que - todos sabemos - carece de bem mais do que três anos, pois voltar a pôr os mais de 3 milhões de hectares de floresta portuguesa em ordem é um trabalho que demora muitos anos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Os senhores não vão acompanhar medidas nenhumas até ao final deste ano. O que os senhores talvez queiram com esta comissão é, pura e simplesmente, criar perturbação.
Sobre as vossas medidas, Srs. Deputados, gostava de recordar que, quando este Governo colocou os militares da forma como colocou, a primeira coisa que aconteceu foi o Presidente da Câmara de Aljezur e o de Monchique dizerem, aos gritos, que não havia militares no Algarve.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - E o de Tavira!

O Orador: - Mas antes não havia militares em mais lado nenhum, Srs. Deputados! Foi a primeira vez em que, de uma forma consistente, isto foi feito.
Quando se avançou com o processo de reflorestação, os senhores vieram dizer: "'aqui-del-rei' que a Guarda ficou de fora". Já percebemos que não foi bem assim…
Afinal, qual é a vossa postura nesta matéria? É construtiva? É no sentido de terem propostas? É uma postura que ao menos compense aquilo que os senhores não fizeram durante os seus anos em que estiveram no governo?
Srs. Deputados - e com isto termino -, tenho uma suspeita: os senhores, hoje, vêm aqui com este papel: se no próximo Verão tudo correr bem, isso deveu-se ao clima; se tudo correr mal, a culpa é do Governo!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Miguel Medeiros.

O Sr. José Miguel Medeiros (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Vítor Reis, em demagogia ninguém bate este Governo, e certos ministros, então, são excepcionais! É que transformar 200 soldados em 26 400 é, de facto, uma coisa extraordinária, e nem o Exército português - penso eu, mas admito a minha ignorância - terá um efectivo tão vasto. De qualquer das formas, demagogia é isto.
O que fizemos foi um esforço sério, e os senhores, cada vez que fazemos um esforço sério e apresentamos uma proposta, ficam logo em pânico, não sei porquê!
Os senhores, a maioria e o Governo, não aprenderam a lição, porque - e a prova está à vista -, assim que o Partido Socialista apresentou a iniciativa, pela voz do líder parlamentar - e bem! -, houve, em três dias, um "corrupio" de medidas anunciadas.

Aplausos do PS.

Foram conferências de imprensa sucessivas, os ministros, que estavam em fila para fazer conferências