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4638 | I Série - Número 085 | 07 de Maio de 2004

 

Na verdade, houve erros, mas só não erra quem não faz. Quem não faz e quem não muda nunca encontra erros. Não só não os encontra porque não faz de novo como mantém tudo igual e nem os velhos erros encontra. Mas tudo deve ser corrigido.
Foram tratados 58 milhões de dados. Foi proposta uma nova forma de fazer concursos, em que as pessoas são colocadas mais rapidamente, em que os agentes podem conhecer a sua situação. Houve erros. Então, que sejam corrigidos até à exaustão. Se forem encontrados responsáveis, que sejam responsabilizados,…

Vozes do PS: -É o Ministro!

A Oradora: - … mas que todos trabalhem em função da educação, que é uma preocupação nacional dos Deputados da maioria e do Governo.
Quantos aos objectivos para 2010, eles não são deste Governo, são deste País e a senhora nada fez, porque a meio desse percurso nada há sobre o assunto.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Benavente.

A Sr.ª Ana Benavente (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, confesso que é triste, num debate sobre educação, não ter outros argumentos se não voltar ao passado.

Protestos do PSD.

Cada um assume as suas responsabilidades. Se tivermos ocasião de ter aqui um debate sobre o abandono escolar poderemos discutir sobre essa questão, porque não é por acaso que desde 1991, e em especial em 2001, o abandono escolar diminuiu mais do que aquilo que os senhores agora se propõem diminuir até 2010.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - A máquina do Ministério funcionava, sempre houve concursos.

A Sr.ª Aurora Vieira (PSD): - Não faziam nada!

A Oradora: - Não faziam nada?! As escolas, todos os anos, abriam. Regularizou-se o início do ano lectivo e os professores estavam nas escolas.

Aplausos do PS.

Aquilo que é hoje apresentado como um avanço, afinal, é um brutal recuo. E, Sr.ª Deputada, nenhuma borracha, nenhuma, nem que tivesse o tamanho do mundo, era capaz de apagar os erros deste concurso, porque são erros de concepção, não são erros ocasionais.
Todos sabemos que os computadores, sobretudo para os mais ignorantes da informática, têm as "costas largas".

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - Mas não são os computadores os responsáveis por erros estruturais deste concurso.

Aplausos do PS.

De facto, o Governo, ao fim de dois anos, lá veio dizer que a educação era uma prioridade, por causa da Estratégia de Lisboa, mas, de facto, não é uma prioridade, porque nenhum governo, com as competências disponíveis que hoje tem, de um país democrático como a sociedade portuguesa se pode dar ao luxo de dar este espectáculo ao País.
Sr.ª Deputada, como pessoa ligada à educação e preocupada com a educação do nosso país, lamento que isto esteja acontecer.