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5626 | I Série - Número 105 | 09 de Julho de 2004

 

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - E pelo seu!

O Orador: - … sobre o que o Presidente da República deveria ou não fazer é, antes de mais, um acto de indelicadeza política,…

Vozes do PS: - Claro!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - E então as vossas declarações e atitudes?!

O Orador: - … porque, em princípio, quando vamos à sede de um órgão de soberania, devemos fazer declarações consentâneas com o facto de estarmos a ser recebidos por esse órgão de soberania.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - E as suas declarações hoje? Aqui, onde estamos, não é um órgão de soberania?!

O Orador: - Aqui não!…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Não?! Esta Casa não é um órgão de soberania?!

O Orador: - Ó Sr. Deputado, eu lutei para que a Assembleia da República fosse um órgão de soberania,…

Vozes do PS: - Nessa altura os senhores nem cá andavam!!

O Orador: - … como dificilmente é capaz de encontrar muitos mais.
Portanto, em relação à Assembleia da República e ao seu papel entre os órgãos de soberania em Portugal, acho que estamos esclarecidos daqui por diante.
Não creio ainda que seja compreensível que o CDS-PP olhe para o Partido Socialista como um partido que está intranquilo. Pelo contrário, o Partido Socialista é aquele que diz aos portugueses que está a preparar uma alternativa de esperança,…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Vê-se!

O Orador: - … que está a preparar uma alternativa de tranquilidade, que está a preparar um programa de governo…

Vozes do CDS-PP: - Para daqui a quanto tempo?!

O Orador: - … assente na experiência que tivemos com algumas negociações com o CDS-PP quando éramos governo.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Exactamente!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo está largamente esgotado. Peço-lhe que conclua de imediato.

O Orador: - Portanto, deste ponto de vista, creio que o CDS-PP terá muito a perder.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Medeiros Ferreira, nós partilhamos o desejo de eleições antecipadas para clarificar a situação política, para terminar com o "pântano", para que haja escolhas claras de um governo que era irremodelável, de políticas que eram inalteráveis e de situações, que foram confirmadas nas eleições europeias, sobre aquilo que podemos pressentir de novas maiorias sociais.
Todavia, a legitimidade formal não estava esgotada, ela esgota-se com a demissão do Primeiro-Ministro, provocando uma crise política. E, neste aspecto, a sua intervenção foi clara: o responsável pela crise política é o Primeiro-Ministro demissionário, Dr. Durão Barroso.