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16 ISÉRIE — NÚMERO2

A Oradora: —Superar o atraso educativo português é uma prioridade que o Partido Socialista inscreveu no programa com que se apresentou a eleições.

Visa superar o atraso com mais escola pública. A escola a tempo inteiro proporciona hoje a todos os alu-nos do 1.º ciclo o que antes era privilégio de alguns: ainda muito recentemente, só algumas crianças tinham acesso à aprendizagem do inglês e à prática de actividades desportivas e artísticas; hoje, é uma realidade colocada à disposição de todos.

Vozes do PS: —Muito bem! A Oradora: —O apoio ao estudo é agora uma área obrigatória nas actividades de enriquecimento curri-

cular. Estão criadas condições para se vencerem obstáculos diversos no processo de ensino-aprendizagem,

assegurar hábitos e ritmos de trabalho e melhorar a qualidade e promover o sucesso. A implementação deste programa só é possível com a colaboração e a partilha de responsabilidades

entre os vários parceiros sociais e institucionais, com particular destaque para as autarquias. A escola responde agora a um novo desafio através de uma medida cuja dimensão social é incomensu-

rável. Como diz Teodora Cardoso, «A desculpa para os maus resultados que consiste em atribuí-los a meios desfavorecidos de onde os alunos são oriundos é o pior sinal de uma escola que não reconhece que uma das suas responsabilidades fundamentais consiste precisamente em atenuar essa diferença.»

Aplausos do PS. Em suma, devemos continuar a avançar no caminho da inclusão e da igualdade de oportunidades,

defendendo e valorizando o serviço público de educação e a escola pública aberta a todos. Para vencer o desafio da educação é preciso mais cooperação. Vencer o atraso em educação formal

que nos separa dos países mais desenvolvidos e atingir patamares de maior conhecimento exige a partici-pação de todos, num processo que tem de ser contínuo e obriga a um esforço suplementar.

Em primeiro lugar, é preciso a participação das famílias por possuírem um papel insubstituível no acom-panhamento dos alunos.

As autarquias têm na área da educação um papel cada vez mais importante e abrangente. As políticas locais e os investimentos feitos e a fazer na área da educação reflectem-se de forma indelével no dia-a-dia das crianças, dos jovens e dos adultos e na melhoria das expectativas em relação ao futuro. Devem, portanto, ter um carácter estratégico e prioritário dentro do espaço municipal.

A reorganização do 1.º ciclo é estruturante do nosso sistema educativo e permite melhorar a qualidade do serviço público de educação. Neste processo a cooperação das autarquias é fundamental para assegu-rar uma maior qualidade de ensino e melhores oportunidades ao que de melhor têm os municípios: as suas crianças.

Assim, um diálogo forte e a participação activa dos pais, dos professores, dos agentes e das instituições locais contribuem para promover um consenso sobre os objectivos políticos anteriormente referidos e viabilizar a sua concretização.

Mais oportunidades são essenciais para aumentar os níveis de proficiência dos alunos e combater o insucesso e o abandono escolar.

Importa, para isso, que a escola de hoje garanta a qualidade e o sucesso dos que a frequentam, rever-tendo definitivamente as taxas de reprovação e desistência.

O combate ao insucesso e ao abandono é feito através do investimento nos cursos de educação e for-mação. Hoje têm uma expressão que abrange cerca de 20 000 alunos.

A qualificação é um dos garantes para o crescimento económico e a coesão social. Mais um ano de escolaridade contribui para aumentar a taxa de crescimento anual do PIB entre 0,3 e 0,5 pontos percen-tuais, segundo fontes da OCDE

A aposta no ensino profissionalizante é o caminho assumido através do Programa Novas Oportunida-des.

Vozes do PS: —Muito bem! A Oradora: —Este ano estão nas escolas públicas no ensino profissional 10 916 alunos — repito: 10

916 alunos — contra 1559 do ano transacto. Aplausos do PS. Mas esta iniciativa é também uma nova oportunidade para os cidadãos que já estão fora do sistema de

ensino e têm mais de 18 anos. Através das 220 instituições acreditadas como Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC), a certificação formal dos conhecimentos e aptidões é agora uma realidade. A implementação de percursos diversificados contribui para a redução do insucesso e