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23 | I Série - Número: 083 | 17 de Maio de 2007

autarquias CDU, no distrito, não têm culpa nenhuma de, nos últimos quatro anos, ter havido uma diminuição de 60% de investimento público em sede de PIDDAC,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Pois é!

O Orador: — … 30% dos quais no último ano, no Orçamento da responsabilidade do Governo PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Disso não se lembrou!

O Orador: — É preciso reconhecer que as autarquias CDU do distrito de Setúbal não têm culpa nenhuma do ataque que está a ser feito aos sectores das pescas e da agricultura na região, não têm culpa nenhuma que o Governo insista obsessivamente na co-incineração em pleno Parque Natural da Arrábida.
Há que reconhecer que as autarquias CDU não têm culpa nenhuma da perspectiva de encerramento de centros e extensões de saúde, em Sesimbra, na Quinta do Conde, no Montijo e em Alcochete, do que está a ser o ataque aos serviços de saúde por toda aquela região, de norte a sul do distrito, o que não constituirá excepção em relação a todo o resto do País.
As autarquias CDU não têm culpa nenhuma que o Governo não esteja a cumprir os seus compromissos em relação à situação preocupante dos trabalhadores da Lisnave e da Gestnave.
As autarquias CDU não têm culpa nenhuma da ameaça, que se perspectiva hoje, de privatização do Arsenal do Alfeite, com as consequências que daí poderão advir para todo o País, para o sector naval e para o emprego na região.
As autarquias CDU não têm culpa nenhuma da política desastrosa que, no seguimento de governos anteriores, o Governo PS continua a dirigir àquela região,…

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Orador: — … penalizando-a e perspectivando um futuro muito preocupante para as populações, os jovens, os trabalhadores, os reformados, os utentes da saúde e dos transportes.
Citou a inauguração, no passado dia 30, do Metro Sul do Tejo, infra-estrutura importantíssima.
A este propósito, Sr.ª Deputada, é de recordar que já lá vão mais de 20 anos desde que as autarquias CDU, que a senhora aqui veio verberar, lançaram e defenderam o projecto e que são as principais responsáveis pela conquista fundamental que significa o Metro Sul do Tejo para a mobilidade das populações.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Orador: — O que podemos verificar, Sr.ª Deputada — e com isto termino, porque o tempo é curto —, é que a avaliação, de que a senhora fala, que as populações podem fazer em relação ao trabalho e à intervenção das autarquias já foi efectuada nas últimas eleições.
É por isso que o Partido Socialista teve o pior resultado de sempre nas eleições autárquicas, no distrito de Setúbal. É por isso que a CDU reconquistou a maioria e a presidência de concelhos importantíssimos do distrito, sobre que a senhora veio aqui lamentar-se. É por isso que dizemos que quem quer prestar contas fá-lo perante as populações, quem quer fazer oposição fá-lo nos locais certos.
Nós, aqui, opomo-nos frontalmente à política do Governo, ao que é a actuação dos eleitos pelo Partido Socialista no distinto de Setúbal, em relação quer às maiorias quer às oposições. É tão fraca essa prestação em termos de poder local que vêm a esta sede para aqui tentar compensá-la.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Álvaro Saraiva.

O Sr. Álvaro Saraiva (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Maria Manuel Oliveira, ouvi com atenção a sua intervenção e fiquei com a sensação de que não conhece o distrito de Setúbal e que, inclusive, nem sequer conhece o concelho onde vive.
Depois do que o Deputado Bruno Dias já disse acerca das autarquias CDU no distrito de Setúbal, queria colocar-lhe três perguntas concretas relativamente a dois concelhos deste distrito, a primeira das quais é sobre o concelho do Montijo.
O tem a dizer a Sr.ª Deputada sobre o facto de, em 1997, o Partido Socialista ter deslocalizado o Cais dos Vapores para o Seixalinho, prometendo à população que teria transportes desde o cais, situado a 4 km, até ao centro da cidade, mas não o ter feito? É que, actualmente, o concelho do Montijo, a nível de comércio, está completamente descaracterizado e parado devido ao facto de o Cais dos Vapores não estar a funcionar, tendo sido feito um favor a alguém — se calhar, à Transtejo — ao deslocalizar-se o Cais dos Vapores para o Cais do Seixalinho.