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8 | I Série - Número: 083 | 17 de Maio de 2007

tem a responsabilidade máxima de liderar o combate a este tão grave flagelo saia na véspera do momento mais crítico.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Pode o Sr. Primeiro-Ministro apresentá-lo como um político corajoso, mas o que é certo é que abandona mesmo antes de chegar à «Fase Bravo».

Aplausos do CDS-PP.

Em segundo lugar, o Ministro António Costa abandona funções a meio da anunciada reforma das forças de segurança, ou seja, ficaremos uma vez mais à espera da tão urgente reforma da PSP e da GNR, dossier sempre prometido mas, mais uma vez, inacabado.
Em terceiro lugar, todos sabemos ser prioridade do País a reforma da Administração Pública, todos concordaremos mesmo ser a mais importante das reformas, até do ponto de vista da economia e do controlo das finanças públicas. Pois bem, o seu autor e responsável, António Costa, vira costas e vai para Lisboa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Em quarto lugar, António Costa abandona o Governo numa altura em que Portugal está a dias de assumir a Presidência da União Europeia e em que tudo recomendaria a estabilidade, ao nível do Governo, tratando-se, para mais, do seu número dois.
Na presidência portuguesa, para além da questão lógica da substituição feita pelo Primeiro-Ministro, que fica posta em causa, convém recordar que estão em cima da mesa dossiers tão importantes como o da imigração na Europa, onde era útil ter um político experiente e conhecedor dos dossiers.
Em quinto e último lugar, fica inacabado o dossier da descentralização para os municípios e o reforço das competências municipais. O PS não resolve a questão da transferência de competências e meios para os municípios, limitando-se, assim, a deslocalizar ou, se quisermos, a localizar o seu número dois do Governo na cidade de Lisboa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Sublinhe-se e reconheça-se que esta mini-remodelação acontece fruto de uma instabilidade na Câmara de Lisboa, na qual o primeiro e principal responsável é o Partido Social Democrata, mas que contou, durante muito tempo, com a condescendência ou mesmo a cumplicidade daquele que é o primeiro partido da oposição, ou seja, o Partido Socialista.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Devo dizer-vos, Sr.as e Srs. Deputados, que até já tínhamos percebido, há algum tempo a esta parte, que iria haver remodelação, que iria acontecer qualquer coisa. É que lemos, numa notícia «breve», que o Ministro António Costa andava a estudar inglês. Assaltou-nos imediatamente à memória que, da última vez que esta notícia apareceu, algures em 2004, António Costa preparava-se para mudar de função, sair do Parlamento e candidatar-se ao Parlamento da Europa.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Que coisa tão feia!

O Orador: — Desta vez, quando vimos a notícia, pensámos logo que ia haver mudanças. Sempre que o Ministro António Costa inicia um estudo mais aprofundado da língua de Shakespeare, alguma coisa está para acontecer.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Que coisa tão feia!

O Orador: — Só não tínhamos percebido é que, afinal, o curso intensivo de inglês não era para poder conversar, de igual para igual, com os seus homólogos dos governos europeus mas para poder dizer, mais provavelmente, num tom convicto e alegre: «Welcome to Lisbon!».

Aplausos do CDS-PP.

Convém sublinhar que o CDS não é contra a ideia de remodelação deste Governo. Sugerimos até, e em várias circunstâncias, que Ministros como o especialista em gaffes internacionais e Ministro da Economia, Manuel Pinho, o inexistente e desaparecido Ministro do Ambiente, Nunes Correia, ou o Ministro contra a