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7 | I Série - Número: 034 | 12 de Janeiro de 2008


Fomos críticos da questão da movimentação de terras, de que sempre falámos e que o estudo do LNEC confirma.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Fomos críticos do carácter pantanoso daquela zona, fomos críticos quanto à menor operacionalidade e às questões de segurança, fomos críticos de tudo aquilo que o estudo do LNEC vem confirmar.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Defendemos sempre o estudo racional e razoável de três opções possíveis: margem norte, margem sul e Portela+1. O Governo decidiu só estudar duas dessas opções, e isto não é da nossa responsabilidade mas da responsabilidade exclusiva deste mesmo Governo.

Aplausos do CDS-PP.

Estudadas essas duas opções, o que é que temos? Uma inversão em «U», uma completa inversão de marcha da parte do Governo! E o primeiro registo sobre esta inversão de marcha é o de que ela é uma derrota da vossa teimosia e uma vitória do bom senso, da razoabilidade, da oposição e da sociedade civil que se opôs a este mesmo projecto.

Aplausos do CDS-PP.

Na vitória, magnânimos, como diria Churchill! Não vamos insistir nem recordar tudo o que nos disseram, tudo o que nos chamaram, de demagogos a populistas, etc., por aí fora.

O Sr. Horácio Antunes (PS): — E são!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Na vitória, magnânimos! Mas, já agora, Sr. Ministro das Obras Públicas, há uma segunda coisa que quero dizer-lhe: bom ano! Um bom ano novo para si, Sr. Ministro, já que é a primeira vez que nos encontramos neste novo ano, e bom ano porque vai precisar de um bom ano, Sr. Ministro.
É que o Governo há muito tempo que não começava um ano como começou este: vamos com 11 dias e, nestes 11 dias, já conhecemos a história dos impostos, que aumentaram quatro vezes, aliás, já a conhecíamos; há menos 20 000 empregos confirmados, e o Governo está confrontado com esta realidade; em 48 horas — 48 horas horribilis, Sr. Ministro! —, temos um Secretário de Estado a dizer que vai aumentar pensões e fazer compensações às pinguinhas — não vão os pensionistas querer gastar o dinheiro todo de uma vez… —, para ser desmentido e desautorizado no dia seguinte pelo Ministro; temos um Primeiro-Ministro que diz «esqueçam o Programa do Governo, o referendo não é para fazer»; agora, depois da obsessão da Ota, já não é Ota, é Alcochete. Bom ano, Sr. Ministro! Vai precisar de um bom ano porque este é um começo desastroso!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Horácio Antunes (CDS-PP): — Fala muito e não diz nada!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A questão essencial, Sr. Ministro, mais do que se tratar de uma decisão certa ou errada, mais do que uma opção melhor ou pior, a questão fundamental, em política, é a da palavra dada, o respeito pela palavra dada.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Isso é a chave da credibilidade da política e dos políticos. E digo-lhe que este Governo, que, supostamente, era não socialista mas decisionista – tomava decisões, seguia em frente, era cego e arrogante –, hoje em dia, é um Governo reactivo, é um Governo revisionista, é um Governo que caiu na trapalhada absoluta.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Veio o Sr. Primeiro-Ministro dizer que não há decisões de Ministros, só há decisões do Governo no seu todo. É verdade, Sr. Ministro! Há decisões do Governo, não há decisões de Ministros, mas há declarações de Ministros…