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18 | I Série - Número: 047 | 14 de Fevereiro de 2008

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Responda à pergunta!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Passou por lá e não a fez. Registo apenas isso.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Responda!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — É ridículo!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não, o ridículo foi não terem feito a avaliação de professores. Isso é que é profundamente ridículo! O que o Sr. Deputado diz é uma total demagogia, para não dizer inverdade, porque diz que a avaliação dos professores está dependente apenas dos resultados dos alunos. Não é verdade!

Vozes do CDS-PP: — É! É!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não, não é apenas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, ouça agora com atenção! Ao contrário do que o senhor diz, é um factor entre outros.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não é!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Esse factor tem uma ponderação de seis pontos em 50 possíveis.
Por outro lado, outra demagogia — para não dizer outra inverdade — que o Sr. Deputado repete é que essa avaliação é comparada com as notas dos alunos nos anos anteriores e com as notas dos alunos nos exames nacionais. Por isso, um professor nunca poderia alterar, se o quisesse fazer, as notas dos alunos para seu próprio benefício. Isso não seria possível com este método de avaliação! Os Srs. Deputados são capazes de me dizer qual é o sistema de avaliação de professores no mundo em que não conte o sucesso escolar? Qual é o país em que isso não conta ou não interessa? Por outro lado, perguntemos em consciência: será isso legítimo e justo? Isso é não considerar aquela que é a tarefa mais nobre do professor que é ensinar!! Isso é não distinguir aqueles que ensinam melhor os seus alunos e que os levam ao sucesso escolar. Isso é violar a regra básica da avaliação, ou seja, centrar nos objectivos, nos alunos e nas famílias.
Srs. Deputados, nos Estados Unidos da América para a avaliação dos professores conta o sucesso escolar dos seus alunos.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Não baralhe!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O mesmo se passa no Canadá, no Reino Unido, na Austrália, na Alemanha e na França. Mas para o Sr. Deputado Paulo Portas vale tudo! O Sr. Deputado, com a sua infinita demagogia, prega o rigor. No entanto, no momento em que alguém quer impor rigor, aí vem o Sr. Deputado dizer: «Não era este rigor, era outro rigor!»…

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Eng.º Guterres,…

Risos.

… perdão, Sócrates.