33 | I Série - Número: 082 | 10 de Maio de 2008
Por outro lado, o horário do centro de saúde foi alargado, colocou-se uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV) em Fafe, o que não existia, e no protocolo está também incluída a construção do novo hospital em Fafe, para o qual a autarquia já disponibilizou o terreno, que melhora consideravelmente as condições de saúde da população de Fafe.
Isto quer dizer o seguinte: quando o Ministério da Saúde dizia que estas alterações iam melhorar a saúde dos utentes, Fafe é um exemplo disso. Os utentes de Fafe melhoraram imenso as suas condições de acesso à saúde, o Ministério da Saúde cumpre com aquilo que promete. Ao contrário do que muitas vezes diz a oposição, que vão encerrar tudo, em Fafe tratou-se de «abrir»: um novo hospital, um horário mais alargado do centro de saúde, uma urgência básica, uma SIV. São tantas as coisas que, inclusive, os fafenses estão efectivamente admirados como é que tudo isto foi além do que pensavam os mais optimistas.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É o «milagre» de Fafe!
O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Nem os mais optimistas pensavam que era possível fazer tanta coisa nas condições de saúde em Fafe.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Portanto, todos aqueles que fizeram uma grande contestação — onde pontifica a célebre aliança que existe por todo o País entre o PSD e o PCP, que lideraram a petição — chegam hoje à conclusão de que os fafenses tinham razão em confiar que o Governo ia melhorar as suas condições de saúde, como melhorou. A prova evidente é essa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Miranda.
O Sr. Carlos Andrade Miranda (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Todo o processo de requalificação das urgências ou, melhor, da desqualificação e desclassificação das urgências foi muito mal conduzido por este Governo do Partido Socialista.
Foi tão mal conduzido que levou mesmo à demissão do anterior Ministro da Saúde.
Protestos do PS.
Para a queda do Ministro Correia de Campos não terão sido indiferentes as palavras críticas daquela que lhe viria a suceder. Antes de ser Ministra, em Janeiro passado, Ana Jorge dizia: «o programa da reforma das urgências (…) que tem a ver com a rede hospitalar, foi mal feito porque foi feito sem estarem criadas as condições alternativas».
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É verdade!
O Sr. Carlos Andrade Miranda (PSD): — Decorridos apenas três meses de mandato, já todos os portugueses se vão apercebendo que, afinal, a reforma estagnou, parou, apenas por calculismo pré-eleitoral.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem! É isso mesmo!
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Ontem disseram o contrário!
O Sr. Carlos Andrade Miranda (PSD): — De facto, foi já suspenso o encerramento dos SAP, que, no entender do próprio Governo, deveriam ter fechado em Março e Abril de 2008, e está a ser novamente ponderada a reabertura de alguns serviços de urgência, como sucede em Anadia e em Ovar.