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7 | I Série - Número: 086 | 23 de Maio de 2008


estruturais ao nosso desenvolvimento. Esse caminho é o nosso compromisso com os portugueses, e é esse caminho que vamos prosseguir.
Os tempos de dificuldades, bem o sabemos, convocam frequentemente a imaginação fértil dos populistas e dos arautos da demagogia. Porventura, é mesmo esse o perigo maior. É por isso que quero deixar absolutamente claro que uma coisa não faremos: não vamos pelo caminho da facilidade, nem vamos permitir que se ponha em causa o que o País já alcançou nestes três anos.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Em três anos, superámos uma grave crise orçamental, tirámos a segurança social de uma situação de alto risco, reformámos e simplificámos a Administração Pública, qualificámos os serviços públicos, lançámos o Plano Tecnológico, investimos nas qualificações e na ciência, apostámos nas energias renováveis e reforçámos as políticas sociais.
Portugal percorreu, com passos seguros, o caminho do rigor, da mudança e da modernização e avançou para uma maior igualdade de oportunidades para todos os portugueses.

Aplausos do PS.

Não, Srs. Deputados, o Governo está bem consciente das suas responsabilidades. Por isso, quero garantir que nenhuma cedência à demagogia ou ao facilitismo fará abandonar o caminho das reformas ou trará de volta o caos nas contas públicas. Isso seria esbanjar o esforço dos portugueses e isso seria um regresso ao passado que colocaria mais dificuldades aos desafios que hoje enfrentamos.
Desde o início que o desafio muito exigente que o Governo assumiu foi o de enfrentar, simultaneamente, os três problemas maiores da economia portuguesa: o problema do défice orçamental, com certeza, que assumia em 2005 proporções absolutamente incomportáveis, mas também o problema do crescimento económico e o problema da criação de emprego.
E apesar do pessimismo crónico de muitos, que se fez ouvir, aliás, todos os dias dos últimos três anos, a verdade é que trouxemos o défice para os 2,6% — o nível mais baixo dos últimos 30 anos — ao mesmo tempo que recolocámos a economia a crescer, evitando o cenário de uma segunda recessão. Um crescimento ainda inferior ao que todos desejamos, é certo, mas um crescimento que vai prosseguir este ano e no próximo e que foi conseguido pelos portugueses com enorme mérito, porque aconteceu justamente num período em que o País teve de realizar o inevitável processo de consolidação orçamental que outros podiam e deviam ter feito, mas que não souberam ou que não tiveram a coragem de fazer!

Aplausos do PS.

Mérito também porque, mesmo nestas condições difíceis, a economia foi capaz de enfrentar o problema da criação de emprego.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, também divulgados na semana passada, nos últimos três anos, a economia portuguesa criou, em termos líquidos, 97 000 novos empregos e, no último ano, foi mesmo capaz de reduzir em cerca de 43 000 o número total de desempregados, o que permitiu baixar a taxa de desemprego para os 7,6% — uma redução de oito décimas em termos homólogos, o que já não acontecia há oito anos na nossa República.
A verdade, portanto, é que o Governo enfrentou o problema do défice com resultados, mas sem nunca virar as costas à economia e sem deixar de lutar e de puxar pela confiança, pelo crescimento económico e pela criação de emprego, tal como nunca esqueceu aqueles que mais precisam, para os quais foi lançada toda uma nova geração de políticas sociais.

Aplausos do PS.

Temos, por isso, de prosseguir, de manter o rumo. Prosseguir o caminho da inovação, da modernização tecnológica e da melhoria das qualificações. Mas prosseguir também na aposta nas nossas exportações, na