37 | I Série - Número: 108 | 18 de Julho de 2008
O Sr. Victor Baptista (PS): — Sr. Presidente, com a tolerância de V. Ex.ª, permita-me enunciar a pergunta: qual era o número de empregados no primeiro trimestre de 2005 e qual é o número de empregados no primeiro trimestre de 2008? Como não sabe, eu digo-lhe: 5,94 milhões eram os empregados no primeiro trimestre de 2005; 5,191 milhões eram os empregados no primeiro trimestre de 2008.
Sabe o que isto significa? Mais 96 600 pessoas empregadas!
O Sr. António Filipe (PCP): — Mal empregadas!
O Sr. Victor Baptista (PS): — Sabe qual era o número de população activa no primeiro trimestre de 2005?
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Victor Baptista (PS): — Termino, Sr. Presidente.
Era de 5,507 milhões.
Sabe qual era no primeiro trimestre de 2008? 6,618 milhões.
Sr. Deputado Diogo Feio, pode retirar daqui a taxa de desemprego.
Sabe qual foi a taxa de desemprego que o Governo de VV. Ex.as herdou, que deixou e a de agora?
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Victor Baptista (PS): — Termino, Sr. Presidente.
Herdou 4,4%, deixou 7,6% e neste momento praticamente estagnou, havendo criação de emprego.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, devo dizer que, relativamente a parte da intervenção do Sr. Deputado Victor Baptista, se eu não estivesse estado consigo em comissões parlamentares durante esta semana, eu considerava que o Sr. Deputado tinha ganho uma viagem à lua e que ainda não tinha voltado, ou que ainda estava mesmo na lua.
Risos do CDS-PP.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — É uma hipótese!…
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Deputado, vamos aos números, e de uma forma clara: V. Ex.ª vem falar de previsões de organizações internacionais que dizem que vamos ter um crescimento de 1,7% e de 1,6%.
Portanto, nega as tais de 1,2% do Banco de Portugal.
Não vou estar aqui a fazer de defensor do Governador do Banco de Portugal. Quem o andou a defender durante muito tempo foi V. Ex.ª, mas, pelos vistos, agora ataca!
Aplausos do CDS-PP.
Quero recordar ao Sr. Deputado que as previsões do Governo no último Orçamento foram revistas quase para metade. Não sei se tem esta noção relativamente àquilo que é o crescimento positivo, que, aliás, nos referiu, embora eu também não saiba bem aquilo que é o «crescimento negativo». Fiquei, no entanto, a saber uma coisa, e vou citá-lo: «crescemos acima da baixa da Comissão Europeia». Este é um objectivo extraordinário, Sr. Deputado!…