34 | I Série - Número: 013 | 16 de Outubro de 2008
Existe, efectivamente, um memorando e, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que ou o Sr. Deputado não o conhece ou utilizou aqui má-fé na sua intervenção. Como não acredito que tenha utilizado má-fé, acredito que desconhece o memorando.
Sr. Deputado, quero dizer-lhe que o Governo do PS, este Governo, que desbloqueou a segunda fase do Metro do Porto, repito, desbloqueou a segunda fase do Metro do Porto, cumpriu rigorosa e escrupulosamente o memorando assinado entre o Governo e a Junta Metropolitana, em Março de 2007, e o que o Sr. Deputado tem de dizer aqui é qual foi o ponto em que o Governo violou esse acordo.
Em relação aos prazos, Sr. Deputado, nem lhe vou falar deles, porque a verdade dos prazos é o embuste que a direita anda a lançar»
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, queira terminar.
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Termino já, Sr. Presidente.
Como dizia, a verdade dos prazos é o embuste que a direita anda a lançar sobre os prazos, é uma falácia total, porque os prazos são de 2007 a 2018 para fazer 43 km, e o que o Sr. Deputado deveria aqui verificar é que esta segunda fase do Metro, com um investimento de 1100 milhões de euros, correspondente a um terço dos custos do aeroporto de Alcochete, que é menos do que a derrapagem da primeira fase do Metro do Porto, quando ele era gerido pela direita.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Renato Sampaio, vou assumir o seguinte: o Sr. Deputado, após o seu pedido de esclarecimento, deixou-me com uma tarefa bastante complicada pela frente. É que V. Ex.ª não colocou qualquer questão sobre a matéria e, para eu lhe poder responder, tinha de haver uma qualquer questão.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — V. Ex.ª fez um conjunto de afirmações que considera verdade e que não devem ser contraditadas. Primeira afirmação: «esta é uma questão dos cidadãos do Porto». Erro! Esta é uma questão de interesse relevante nacional e, portanto, V. Ex.ª, mais uma vez, falha na mira, falha no objectivo – talvez por isso se tenha chegado agora para a primeira fila, para estar mais próximo.
Depois, vem com a questão das trapalhadas. Eu diria que lá vem o passado, porque os senhores, sempre que alguém argumenta em relação aos erros que cometem, lá vão ao passado. Foi uma cartilha que aprenderam! Não sei quem vos terá dado, talvez o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, mas é uma cartilha que, no Governo e na maioria do Partido Socialista, é sempre utilizada. Sr. Deputado, estamos perante um debate parlamentar, não estamos perante um livro de História e não me parece que o que aqui nos trouxe seja o melhor.
V. Ex.ª, a custo, lá falou no atraso das linhas. Sabe que esta linha está prevista terminar em 2022»
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Qual linha? É mentira!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Oiça! Esta fase atç poderia ser atç 2222»
O Sr. Renato Sampaio (PS): — A segunda fase é em 2018!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Até podia ser 2222, porque é uma questão de fé. Quando estamos a falar desses prazos, estamos já numa matéria de fé.
Mas, Sr. Deputado, vou referir outra matéria que não é uma questão de fé, se calhar é até uma linguagem que V. Ex.ª não percebe tão bem. Diz o Prof. Paulo Pinho, da Faculdade de Engenharia da Universidade do