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33 | I Série - Número: 013 | 16 de Outubro de 2008

de entendimento e que, meses depois, negou o que lá estava estabelecido; foi este Governo que até entendeu criar uma espécie de oásis, um oásis, neste caso, à beira-mar plantado, chamado Matosinhos, com um presidente da câmara — veja-se lá! — do PS. Uma boa terra para um bom jantar: lá podem estar o presidente do Conselho Executivo da empresa Metro do Porto e a Secretária de Estado dos Transportes a darem loas às grandes vitórias deste concelho relativamente ao Metro, à sua rede e às suas preferências.
Foi também este Governo que entendeu, agora de uma forma diferente, o que são estudos. Tínhamos ouvido o Ministro das Obras Públicas dizer, em relação ao aeroporto internacional de Lisboa, que jamais o mesmo iria para a margem sul do Tejo. Depois, e perante estudos, mudou de opinião.
Desta vez, a estratégia foi a contrária, foi a de dizer «são necessários estudos»; os estudos são feitos e as opções são outras. Digamos que mantém sempre uma incoerência em relação àquilo que podem ser os resultados finais. Isto é, pedir um estudo à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto de nada serve se não disser que o traçado é aquele que politicamente mais interessa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Digamos que, mais uma vez, vemos, e infelizmente, o Ministro Mário Lino envolto em trapalhadas – seja com estudos, seja sem estudos, trapalhadas existem sempre.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Lamentamos que assim suceda. E lamentamos que assim suceda quando também se esquece que o interesse em causa é de natureza nacional. E, infelizmente, é caso para dizer que, neste momento, temos nas obras públicas um governante que dificilmente poderia ser mais centralista e menos atento às necessidades de todo o nosso País.

Aplausos do CDS-PP.

É pena que assim seja, assim como é pena que o PS tenha recusado a vinda a este Parlamento, sem qualquer discussão, do seu Ministro das Obras Públicas, do seu presidente da Junta Metropolitana do Porto e do autor do estudo da Faculdade de Engenharia em relação às linhas do metro. Votaram contra sem nada dizer, e é pena que assim tenham feito.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Diogo Feio, o Metro do Porto é um projecto demasiadamente importante para os cidadãos do Porto para servir de arma de arremesso político.
Infelizmente, a direita — e isso é que fica para a História, Sr. Deputado — sempre esteve contra o Metro do Porto.
A direita, no governo, apelidava o Metro do Porto de megalomania dos socialistas e lançava cartazes na cidade dizendo que era o «metro do papel».
E o Sr. Deputado «ajoelhou» perante o governo de V. Ex.ª quando bloqueou a segunda fase do Metro do Porto. Quando o seu governo, aquele do qual V. Ex.ª fazia parte, bloqueou a segunda fase, V. Ex.ª não levantou a voz, e o que eu pensava era que o Sr. Deputado vinha aqui pedir desculpa ao concelho da Trofa, que por acaso é do PSD, por lhe terem retirado uma linha ferroviária, por terem retirado da primeira fase do Metro do Porto a linha do ISMAI (Instituto Superior da Maia) até à Trofa.
Pensava que o Sr. Deputado vinha aqui dizer isso, mas o Sr. Deputado veio aqui falar de memorandos, de prazos e de afrontas. O Sr. Deputado veio aqui lançar um conjunto de soundbytes que não tem nada que ver com a realidade e o PS, que sempre se bateu pelo Metro do Porto, não recebe lições de ninguém, nomeadamente daqueles que sempre estiveram contra o projecto.