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56 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — O que o Sr. Deputado quer, de facto, é lançar a dúvida aos portugueses sobre a estabilidade do sistema financeiro. Isso é irresponsável, Sr. Deputado, porque, para além do BPN, não há nenhuma instituição com problemas de solvabilidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Está a ver como respondeu!?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa resposta não sossega ninguém, Sr. Ministro!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Membros do Governo e Srs. Deputados, vamos interromper agora os nossos trabalhos, que recomeçarão às 15 horas.

Eram 13 horas e 25 minutos.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, está reaberta a sessão.

Eram 15 horas e 20 minutos.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Frasquilho.

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Ministros e Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados: O Orçamento do Estado para 2009 é o último do actual ciclo político, e, como tal, é tempo de fazer um balanço global.
E, sinceramente, Srs. Deputados, e digo-o com tristeza e desagrado, o balanço é bastante negativo. Digo-o com tristeza, porque vimos, nos últimos quatro anos, Portugal a andar para trás. Os dados não mentem, quando comparamos a situação de 2004 — o último ano da anterior legislatura — com a situação que os portugueses vivem ao fim de quatro anos de governação socialista.
O nível de vida está pior; o rendimento médio europeu está mais longe; o crescimento económico é mais baixo; o défice externo é mais alto; a dívida externa é incomparavelmente mais elevada; a produtividade não evoluiu positivamente; o desemprego é bem maior; e a competitividade do País deteriora-se a olhos vistos.
Portugal caiu, e não foi pouco, em todos os rankings internacionais de competitividade entre 2004 e 2008, rankings que são acompanhados em todo o mundo e que, como tal, afugentam cada vez mais investidores, que tanta falta fazem à nossa economia.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Esta é a realidade de que o Governo não gosta e, como tal, quer esconder dos portugueses, «atirando-lhes areia para os olhos» todos os dias, uma prática que não se recomenda a quem é suposto dirigir com seriedade os destinos de um país. Mas a verdade é que esta forma de agir, de apostar na encenação em detrimento da realidade, já não é de agora, já vem de longe e, por isso, não pode ser considerada propriamente uma surpresa.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Foi assim na campanha para as eleições de 2005. Todos nos lembramos das promessas do então candidato a Primeiro-Ministro, José Sócrates, de colocar Portugal a crescer 3% e de criar 150 000 novos empregos, em termos líquidos, até 2009.
Não é novidade para ninguém que estas promessas não serão cumpridas, porque nem o crescimento