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60 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

inflação prevista será de 2,5%.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento: — Está enganado!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — O Governo arrisca-se a que se possa perceber que a despesa corrente primária crescerá 4,6%, provando o total fracasso do PRACE.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento: — Está enganado!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — O Governo arrisca-se a que fique claro que esta legislatura foi completamente perdida em termos de consolidação orçamental pelo lado da despesa,»

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Tal e qual!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — » aquela que era essencial que tivesse sido prosseguida, com o défice a ser reduzido unicamente por via do aumento da receita, cujos agregados, tal como os da despesa pública, se vão situar, em 2009, bem acima dos valores de 2004, que foi o último ano da anterior legislatura.
Não há engano, Srs. Deputados. O défice público de 2009 será inferior ao de 2004 unicamente devido ao aumento da receita, porque a despesa, entre estes dois anos, sobe em 1,2 pontos do PIB, a receita sobe 2,3 pontos percentuais e é por isso que o défice, que, como os Srs. Deputados bem sabem, é a diferença entre as receitas e as despesas públicas, se reduz.
Mas isto revela um total falhanço das opções orçamentais prosseguidas durante esta legislatura, porque estamos perante a mesma cartilha socialista que já vimos no passado, com muito maus resultados: mais e mais receita para acomodar mais e mais despesa.
Não é assim de espantar que, como já atrás referi, Portugal e os portugueses cheguem a 2009 claramente pior do que estavam em 2004. E isto acontece, porque fomos e estamos a ser governados de forma errada, mistificadora e incompetente.

Aplausos do PSD.

Isto acontece, porque foram cometidos «erros de palmatória» na condução da política económica, cujo corolário é este Orçamento do Estado, que, em termos técnicos e éticos, deixa muito a desejar.
Não me recordo de ver um governo que, no passado, tenha tido tanta obsessão em camuflar a realidade aos portugueses. E, Sr. Presidente e Srs. Deputados, se assim procede o Governo é porque tem bem a noção daquilo que tem feito e sabe que não esteve à altura daquilo que era exigível a quem dirige os destinos do País.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Eugénio Rosa.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Sr. Presidente da Assembleia da República, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: O Sr. Primeiro-Ministro e o seu Ministro das Finanças continuam a falar, muitas vezes, do êxito que é a redução do défice, talvez por não terem nada de mais importante para apresentar ao fim de quatro anos de Governo,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade!

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — » mas o País tem coisas mais importantes para as pessoas do que o défice.
As famílias nunca estiveram tão endividadas como agora: em 2007, a dívida das famílias já representava 126% do rendimento disponível, e continua a aumentar; entre Janeiro de 2005 e Setembro de 2008, portanto,