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68 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

colocar com tanta acuidade se se tratasse de um ano isolado. No entanto, quando durante três, quatro, cinco anos temos sempre um crescimento abaixo dos 2%, o que estamos a decidir com esta fórmula é que as reformas nunca se valorizam em relação à inflação e muito menos em relação ao custo de vida.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, agradeço aos Srs. Deputados as perguntas que me colocaram.
Gostava de dizer que, nestes três pedidos de esclarecimento, nenhum dos Srs. Deputados conseguiu desmentir o que afirmei na minha intervenção nem apresentar alternativas às prioridades e às políticas do Governo.

Aplausos do PS.

E, ao não conseguirem fazer isto, Sr.as e Srs. Deputados, é legítimo que os senhores não concordem connosco, mas também é legítimo que lhes seja exigido que provem que estamos errados. Porém, os senhores não conseguem prová-lo! Como não o conseguem provar, usam o truque de confundir a árvore com a floresta e de dizer, uma vez que os problemas não estão todos resolvidos, que nenhum está ou estará resolvido.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Se o Governo, neste Orçamento do Estado, tem de provar credibilidade nas propostas que traz à Assembleia, também a oposição tem de provar credibilidade nas críticas que faz e nas alternativas que apresenta. A Sr.ª Helena Terra (PS): — É bom lembrar!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Ora, a oposição está muito longe, muito longe de o conseguir!

Protestos do BE.

A Sr.ª Deputada Helena Pinto confunde propaganda com realidade. Sr.ª Deputada, escola a tempo inteiro é propaganda? Inglês, música, acesso às tecnologias, é propaganda? Aumento do salário mínimo nacional é propaganda? Garantia de que as pensões, desde logo as mais baixas, não perdem poder de compra é propaganda? A reforma da saúde, com mais fácil acesso e mais qualidade, é propaganda? A reforma da segurança social ç propaganda? E podia continuar»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Essa é má propaganda!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Mais, Sr.as e Srs. Deputados: se os números das instituições internacionais dão jeito à oposição quando são negativos para o Governo e, portanto, permitem insistir em que tudo está mal, essas mesmas instituições também deviam merecer a credibilidade dos partidos da oposição quando apoiam as reformas deste Governo como sendo essenciais no combate às desigualdades e no reforço do modelo social no nosso país.

Aplausos do PS.

Por isso, podemos não estar de acordo quanto às opções, mas este Governo será apreciado e julgado pelos portugueses com base nos resultados.