21 | I Série - Número: 018 | 8 de Novembro de 2008
encontrou? Foi de 7,5%! Durante o governo anterior, o desemprego subiu 3,1%; felizmente, ao longo desta Legislatura, foi possível conter a taxa de desemprego. Mas a taxa de desemprego contida não significa que haja uma estagnação do emprego; pelo contrário, o emprego, durante este período, cresceu, e cresceu muito.
Também aqui as diferenças, relativamente ao passado, são grandes. Durante o Governo PSD/CDS, nos três anos de governação, a população activa aumentava ao ritmo de cinco pessoas por hora e a população empregada diminuía uma pessoa por hora, o que significa que o desemprego aumentava seis pessoas por hora, em cada hora dos três anos de governação da direita.
Qual é a realidade da governação do Partido Socialista? A população activa subiu seis pessoas por hora, ao longo dos três anos; a população desempregada é a mesma que existia há três anos atrás, o que significa que a população empregada aumentou cerca de seis pessoas por hora. Isto dá o tal número, de que tanto se fala, de mais 133 700 pessoas com emprego, em Portugal, face ao que existia quando este Governo tomou posse.
Aplausos do PS.
Desmistifiquemos uma outra questão muito maltratada. Mas, então, que tipo de emprego é este que foi criado? Sr.as e Srs. Deputados, o universo do emprego qualificado, no 1.º trimestre de 2005, era de 680 000 indivíduos. Qual é o universo, no 2.º trimestre de 2008? É de quase 780 000 indivíduos com emprego qualificado. Em três anos, o emprego qualificado subiu de 680 000 para 780 000 indivíduos, mais cerca de 100 000 postos de trabalho qualificado ocupados. Esta é a verdade do País! Mas, enquanto tudo isto ia sendo feito, quer as medidas estruturantes quer as políticas de apoio à economia real, o que foi dizendo a oposição, muito em especial o maior partido da oposição? Privatize-se a Caixa Geral de Depósitos! Privatize-se o ensino pré-escolar! Privatizem-se as operadoras de transportes! Privatize-se, parcialmente — é certo! — , a Segurança Social! Altere-se a Constituição! Venda-se o ouro! Despeçam-se os funcionários públicos! Apoiem-se e estimulem-se os novos produtos financeiros — tão bom que era o subprime! Corte-se no investimento público! Parem-se as obras de grandes infra-estruturas! Não se avance com o complemento solidário para idosos! Não se bonifiquem os juros nos financiamentos às PME, para que estas não se endividem! Não se reforce o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social! Não se baixe o IVA, porque isso é eleitoralismo! Aumente-se o défice, porque não há qualquer problema — pensando, certamente: «no nosso tempo era bem mais alto e nem por isso nos inibimos de o subir ainda mais»!...
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr.as e Srs. Deputados, a crise internacional agravou-se — é um facto! — , mas, mesmo perante a crise internacional, o que diz o maior partido da oposição? O maior partido da oposição não apresenta uma única medida estrutural, quer no apoio às famílias quer no apoio à economia real e às empresas. O PSD tem-se manifestado, no quadro da crise que vivemos, apenas nos seguintes pontos: é contra o aumento do salário mínimo nacional; é contra o aumento real dos salários da função pública; é contra os imigrantes; é contra o investimento público. A partir daqui, o silêncio! Silêncio, porque não tem propostas!! Pode haver quadros alternativos, pode haver mais ajudas ao País, a democracia faz-se de projectos diferentes, para que as pessoas possam escolher. A oposição também tem a obrigação de ter um projecto, também tem a obrigação de ter propostas, também tem a obrigação de ter uma posição sobre a situação e o futuro do País.
O Governo não tem precisado da oposição para governar, mas é bom que haja uma forte oposição. Mas, então, o que tem feito o Governo, mesmo e até principalmente, porventura, na ausência de oposição? Tem reforçado o apoio às famílias e aos nossos concidadãos mais desfavorecidos; tem abrandado — é certo! — o processo de consolidação orçamental, considerando a situação difícil em que o País se encontra, mas sem fazer perigar aqueles que foram os ganhos já conseguidos pelos portugueses; não tem tido medidas eleitoralistas.
Srs. Deputados, recordem-se do que se dizia, aquando da discussão do Orçamento do ano passado, aquando da discussão da baixa, em 1 ponto percentual, do IVA. Toda a oposição dizia: «O Governo está a