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18 | I Série - Número: 018 | 8 de Novembro de 2008

algo melhor — ;»

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — E quem, antes, tinha deixado pior?!»

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — » mas não podemos esquecer que o fez da forma mais fácil e mais dolorosa: através do aumento exponencial da carga fiscal.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Exponencial?!... Nunca aprendeu matemática!...

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Não vale a pena agitar sofismas ou falácias, os números falam por si: a despesa pública em percentagem do PIB, prevista para 2009, está nos píncaros e atinge o seu recorde.
A pergunta que tem de se fazer é, pois, esta: se este Governo não nos soube governar em tempos favoráveis, como poderá fazê-lo em altura de crise e de incerteza?

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Muito bem!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Três semanas depois da desastrada apresentação do Orçamento, já não merece a pena vir aqui mostrar, ponto por ponto, que se trata de um documento irrealista, de ilusão, assente na mistificação dos números. As projecções do FMI e da União Europeia encarregaram-se de o fazer de modo irrefutável.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É verdade!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Mas vale a pena denunciar — porque se trata de um imperativo de transparência e rigor, mas também de uma exigência da cidadania — os truques, artifícios e manhas usados na sua elaboração.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Primeiro, o simulacro da apresentação da pen; depois, o «cavalo de Tróia» do financiamento partidário, cuja responsabilidade ninguém quer assumir; mais recentemente, e com impacto orçamental seguro, a «trapalhada» da nacionalização do BPN e o «golpe de rins» de uma lei-quadro das nacionalizações.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Não quer, já disse que não quer!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — E que pensar da não tradução orçamental do impacto eventual dos planos de apoio à banca, seja nas garantias seja na recapitalização? E que dizer da alteração metodológica que, manhosamente, só é aplicada a valores de 2009 e impede a comparação directa com os valores dos anos anteriores — ainda por cima, assumida numa tímida referência de rodapé, à boa maneira das apólices das seguradoras de má fama?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — E a ampla falta de informação sobre as parcerias público/privado, confirmada pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental?

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Não é verdade!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Sim, sim! É verdade!