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52 | I Série - Número: 030 | 8 de Janeiro de 2009

possam ser um caso de sucesso. Até por uma razão muito simples: porque as casas, as moradias e os apartamentos normais estão a ficar por vender! Como é que é possível fazer não sei quantos investimentos, grande parte da costa alentejana, mais Algarve, mais etc., baseados na venda de apartamentos e moradias que não vão ter compradores?! Nos tempos mais próximos, não vão ter compradores»Isto para além de outras questões, obviamente, de natureza de ordenamento do território e ambientais, que penso que nos devem preocupar a todos e devem ser preocupação comum de todos. Até porque, sublinho mais uma vez, considero — defendi-o antes, defendi-o durante e continuo a defendê-lo agora — que o sector turismo, pela importância económica que tem e também por ser um sector intimamente ligado à imagem externa de Portugal (como o são, por exemplo, os negócios estrangeiros ou os assuntos europeus), deve obter a maior consensualidade possível entre os vários grupos parlamentares, ou seja, ser o menos utilizado possível como arma de arremesso entre as várias forças políticas. O CDS e eu próprio não o faremos, em nenhuma circunstância!! Quanto à composição, em concreto, deste Conselho, poderia também partilhar algumas das dúvidas que aqui foram suscitadas. Penso, nomeadamente, que a composição, Sr. Deputado Mendes Bota, é um bocadinho extensa. Devo dizer-lhe que, nós próprios, independentemente de este Conselho ter existido e ter sido extinto, tínhamos, no nosso programa, a criação de um conselho a que chamámos, na altura, Conselho para a Dinamização do Turismo, o qual não chegou a ir para a frente por razões que são conhecidas e que são do domínio público, mas a ideia que tínhamos era a de um órgão um bocadinho mais limitado, em termos de número de membros. Parece-me que este que propõem é muito largo, e se há algumas coisas em que me parece ser muito largo, noutras, até pode ser muito curto.
Por exemplo, a mim não me chocaria que tivesse um representante dos principais partidos da Assembleia da República, como têm outros órgãos, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições. A mim, não me chocaria! Outro exemplo: parece-me fundamental, hoje em dia, no turismo, designadamente nas circunstâncias de crise que estamos a viver, haver alguma articulação com o transporte aéreo. O transporte aéreo é, obviamente, uma das chaves de resposta à crise, em termos de turismo. Estamos a ter, permanentemente, cancelamentos de voos, as companhias aéreas estão em crise e se não houver transporte não há possibilidade de existirem turismo e turistas. Porém, não suscito esta questão ao Sr. Deputado Mendes Bota porque ele próprio já manifestou disponibilidade para, em sede de especialidade, podermos discutir esta matéria.
Tudo dito, visto e revisto, diria, respondendo à Sr.ª Deputada Alda Macedo, que, obviamente, a única coisa que não me preocupa, como imagina, é ter assento neste órgão. E terei esta dificuldade na hora da votação, porque espero não estar a votar a criação de um cargo destinado à minha própria pessoa, já que seria a pessoa menos importante. Não sei até onde este órgão deverá ir, em termos de representantes, mas, se calhar, a dez governos atrás também será muito, pois podemos chegar ao gonçalvismo ou — sei lá!»— a António Ferro, correndo-se aqui um risco um pouco complicado»

Risos.

»e que não valerá a pena, independentemente de ter sido a primeira vez que o turismo foi pensado a sério no nosso País e de também não termos problemas com isso, pois será andar muito para trás, o que também me parece um pouco extenso.
Mas, feitos todos estes reparos e considerações, o meu grupo parlamentar acompanhará o projecto do Sr. Deputado Mendes Bota, que terá o nosso voto favorável, na generalidade, e esperamos que a Assembleia o aprove, embora entendamos que, na especialidade, é preciso rever o seu conteúdo concreto.
De qualquer forma, consideramos que o País beneficiaria em ter um órgão deste tipo, com a importância que o turismo vai ter, já que todos os organismos internacionais dizem que será, no futuro, a primeira actividade económica. Sabemos que, em Portugal, e é o Governo que o diz, não sou eu, pode chegar a 15% do nosso produto interno bruto, na próxima década, e é um objectivo que considero possível.
Portanto, com esta importância, entendo que este pensamento estratégico sobre a imagem de Portugal, sobre a sua afirmação, sobre os mercados onde temos de actuar, sobre aquilo que temos de fazer, pode