10 | I Série - Número: 044 | 12 de Fevereiro de 2009
também um investimento claramente rentável: os contribuintes portugueses investirão para reduzir a factura energética que os próprios contribuintes portugueses pagam pelos seus serviços públicos.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Termino, dizendo que a crise mundial exige acção. Acção, naturalmente, ao nível mundial e ao nível europeu mas, também, acção ao nível nacional. E a acção passa pela promoção do investimento.
A hora é, portanto, de investir, e investir nas escolas, investir na qualificação, investir nas redes de nova geração, investir na eficiência energética e investir nas energias renováveis. É porque investir significa dinamizar a economia, apoiar as empresas, proteger o emprego e apoiar as famílias. Investir a bem de Portugal e a bem dos portugueses!
Aplausos do PS, de pé.
O Sr. Presidente: — Para iniciar a primeira ronda de perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Rangel.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quem ouça este discurso tem, claramente, de qualificá-lo como o «discurso do microondas», porque é o «discurso da comida requentada».
Protestos do PS.
O Sr. Primeiro-Ministro veio, hoje, pura e simplesmente, repetir aquilo que já disse aqui noutro discurso.
Fez um copy/paste de discursos anteriores e trouxe-o aqui!
Aplausos do PSD.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Mas isto, aliás, não nos surpreende, porque significa que o Sr. PrimeiroMinistro tem, para a crise, um discurso completamente esgotado.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — E, nisto, está em plena sintonia com o Presidente da AICEP, que disse que, realmente, já não sabe que mais há-de fazer»! Portanto, o Sr. Primeiro-Ministro veio dizer aquilo que já anunciou, três, quatro, cinco ou seis vezes, em discursos, aliás, aqui, nesta Câmara.
Devo dizer-lhe que se trouxe alguma novidade foi a pretensa prestação de contas sobre o pagamento das dívidas às empresas.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Exactamente!
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — O que pergunto ao Sr. Primeiro-Ministro é o seguinte: se, quando as estimaram, as dívidas apontavam para 2450 milhões de euros, sendo que 1200 milhões eram da administração central e 1250 milhões eram das autarquias, como é que estão pagos 1400 milhões? Está, com certeza, a incluir aí o pagamento das dívidas da saúde! Mas, se for assim, o que isto significa é que está a confundir os números. Aquilo que quero que me diga é o seguinte: relativamente à quantia de dívidas do Estado às empresas, quanto é que falta pagar? E não inclua aí, naturalmente, aquilo que pagou em sede de saúde, porque isso é mascarar os números.
Vozes do PSD: — Claro!
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Aliás, Sr. Primeiro-Ministro, seria absolutamente surpreendente que os números fossem os que refere, porque, ainda há 15 dias, disse aqui que, nos pagamentos de dívidas às