12 | I Série - Número: 044 | 12 de Fevereiro de 2009
O Sr. Primeiro-Ministro: — Não são dívidas às empresas?!
Aplausos do PS.
O que é absolutamente extraordinário é o PSD entender que aquele que é o maior campo de dívidas a empresas deva ficar por pagar.
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Não, não!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Ou seja, nós devíamos pagar todas as outras dívidas, mas essas não importam nada! A pergunta que tenho para o PSD ç a seguinte»
Protestos do PSD.
Ficámos a saber, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que o PSD não gosta que lhe façam perguntas. Mas vão ouvir, vão ouvir! A pergunta é a seguinte: em que ano é que o PSD, no Governo, pagou mais dívidas do que aquelas que pagámos? Digam lá!» Em que ano?»
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Responda mas é às perguntas!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Já agora, num partido em que falam tanto de verdade, digam lá qual foi o momento em que os senhores pagaram uma promessa feita em 2003, aquando do Orçamento do Estado, quando foi dito, nesta Casa, com muitos aplausos, naturalmente, do PSD e do CDS, o seguinte: «Por isso, a decisão de pagar essas dívidas do Estado, além da lógica de rigor e transparência, tem por objectivo reconduzir o Estado a um parceiro de negócios em que os múltiplos agentes podem confiar». Resposta: estas dívidas, que os senhores, no Governo, anunciaram que iam pagar, nunca foram pagas! Por isso, os senhores não têm qualquer autoridade moral para falar em dívidas do Estado!!
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Relativamente às barragens, falei em investimento promovido pelo Estado.
Vozes do PSD: — Ahhh!»
O Sr. Primeiro-Ministro: — O investimento das barragens ç feito por privados»
O Sr. Ricardo Martins (PSD): — Então, não é do Estado!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » mas ç concessionado pelo Estado, foi o Estado que o induziu, foi o Estado que definiu um programa de barragens, foi o Estado que levou a que os privados estivessem a investir em barragens. E se temos, hoje, este investimento feito»
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Quanto é que investe?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » ç porque, finalmente, existe no nosso País uma política de energia baseada nas energias renováveis. Nós, hoje, somos o quinto país da Europa nas energias renováveis, porque houve um Governo que apostou na energia hídrica e na energia eólica.