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17 | I Série - Número: 052 | 5 de Março de 2009

mínimo e que quem receba o salário mínimo o melhor é mesmo «montar tenda» à frente da «sopa dos pobres».
O Governo não tornou as «pensões viáveis», «chutou» para a geração seguinte um problema actual.
Pensam que, assim, ninguém dá por nada, mas os portugueses dão por isso.
Todos aqueles que, estando a trabalhar, têm menos de 44 anos sabem que, depois de serem a geração dos falsos «recibos verdes» e dos contratos precários, vão passar a ser a geração que pagou para não receber uma reforma digna desse nome.
Diz o Governo que fez esta reforma por causa da envelhecida curva demográfica do País, como se não existissem alternativas.
A fórmula de financiamento da segurança social foi feita a pensar num modelo económico da era analógica e, portanto, ultrapassado — quantos mais trabalhadores, maiores descontos das empresas.
Ora, na época digital, em que o verdadeiro valor económico é intangível, o que importa cobrar é o valor acrescentado. Não é justo que a Auto-Europa pague centenas de vezes mais para o esforço da segurança social do que uma empresa de corretagem com idênticos lucros e que não contribui para o esforço solidário que a todos deve calhar.
Para quem passou três dias a reclamar respostas de esquerda à crise, esta é a marca decisiva e é a escolha fundamental: a de quem quer «salvar» a segurança social à custa da vida dos portugueses ou a de quem quer encontrar novas formas de financiar um esforço que deve ser de todos.

Aplausos do BE.

Protestos da Deputada do PS Maria Cidália Faustino.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — A Sr.ª Deputada tem três pedidos de esclarecimento.
Responderá um a um, segundo indicação transmitida à Mesa.
Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP). — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Ana Drago, antes de mais, espero que já esteja melhor do «apagão» a que a sua voz foi sujeita. Só lhe faço esta pergunta porque espero que esteja em condições de responder.
Sr.ª Deputada, queria felicitá-la pelo tema que aqui traz hoje. Aliás, ontem, na Comissão de Trabalho, eu próprio tive a possibilidade de confrontar o Sr. Ministro Vieira da Silva com o resultado, que está à vista, da reforma da segurança social que foi operada por este Governo.
Todos nos lembramos das intervenções grandiloquentes do Governo sobre esta matéria — esta era a reforma progressista, esta era a reforma que ia salvar a segurança social, salvar as pensões dos trabalhadores — e, agora, o resultado está à vista.
Com esta reforma agrava-se uma dupla injustiça»

Protestos da Deputada do PS Maria Cidália Faustino.

Sr.ª Deputada, não berre!

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Sr.ª Deputada, peço-lhe que permita que os trabalhos decorram com normalidade. Os apartes são regimentais, os gritos na Sala da sessão plenária, não. Portanto, pedia à Sr.ª Deputada que se contivesse, se não se importa. Muito obrigado, Sr.ª Deputada.
Sr. Deputado Pedro Mota Soares, tem a palavra.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP). — Muito obrigado, Sr. Presidente. Estou certo que a bancada do Partido Socialista poderá pedir à Sr.ª Deputada para fazer uma intervenção sobre este tema e, portanto, penso que o problema será ultrapassado.
Sr.ª Deputada Ana Drago, como lhe dizia, está à vista o resultado.