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64 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009

Presidente Barroso. Temos feito, portanto, tudo o que é possível. Ao nível da autarquia, também não têm baixado os braços.
A situação é extremamente complexa. Como já aqui referi, é uma indústria que tem um grande problema, pois é, fenomenalmente, uma indústria de capital intensivo, ou seja, necessita, todos os anos, de biliões de euros de investimento em investigação e desenvolvimento. Portanto, não é qualquer empresa ou qualquer país que pode arranjar uma solução rápida. É necessária a mobilização de fundos verdadeiramente colossais, o que está a ser difícil.
Mas não tenham dúvidas de que, desde o primeiro dia, o Governo português disse «se for preciso, contem connosco».

O Sr. António Filipe (PCP): — Ainda estão na dúvida de saber se é preciso?!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Estamos disponíveis para apoiar, na medida do possível, porque se trata de um negócio de uma dimensão verdadeiramente colossal.
Continuo a esperar que essa situação venha a ter um desenlace positivo. Infelizmente, não posso garanti-lo mas, nesta situação, há uma diferença que fica muito clara: é entre quem não baixa os braços e tenta fazer tudo a todos os níveis que é possível e quem tem o desplante de dizer que, face a estas situações, o Estado não devia intervir na empresa. Naturalmente que deveria intervir e que vai intervir, se lhe for dada oportunidade.
Quer os senhores queiram quer não, nós vamos ajudar a Qimonda, se houver uma solução para a empresa. Aqui, não é o liberalismo selvagem, não é o mercado em abstracto a funcionar. Nós queremos tentar ajudar a Qimonda a sobreviver.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Lúcio Ferreira.

O Sr. Lúcio Ferreira (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, agradeço a informação transmitida a esta Câmara. Creio que poderá ter sossegado alguns ânimos. Contrariamente ao que foi afirmado, o Sr. Ministro responde às questões que lhe são colocadas.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Lúcio Ferreira (PS): — Da resposta do Sr. Ministro, queria salientar não só o empenhamento do Governo para, na medida do possível, resolver esta questão mas também o empenhamento do Sr. Presidente da República.
Ouvimos o Presidente da União Europeia — que, possivelmente, será reeleito — dizer que a União Europeia deveria ter um papel activo na ajuda da resolução desta questão, pelo que gostaríamos que o Sr.
Ministro nos informasse sobre isso.
A terminar, não obstante as intervenções que aqui foram feitas ou as questões que foram colocadas, gostava que ficasse claro neste debate que os vilacondenses, e não só os portugueses, que o estão a ouvir sabem que, para a oposição, a Quimonda é uma arma de arremesso. Não vos preocupa a resolução do problema da Qimonda, preocupa-vos, sim, que a Qimonda não tenha solução, para poder ser «jogada» como arma de arremesso político.

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos do PSD.

O Sr. Lúcio Ferreira (PS): — Isso é que me parece ter ficado claro neste debate.

Aplausos do PS.