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61 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009

económica. Como é sabido, a diplomacia económica não era usada ou era mal usada até à entrada em funções deste Governo.

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — Antes de vós, era o dilúvio! Antes deste Governo, não existia nada! Muito bem!»

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Já acabou?

Pausa.

A diplomacia económica tem sido uma arma muito importante e já permitiu registar avanços muito importantes.
Vou aqui apenas recordar a importância que assumiu o relacionamento político e económico com diversos países: por exemplo, a Argélia, que é o maior fornecedor de gás a Portugal; a Venezuela, que é um potencial fornecedor de gás e actual fornecedor extremamente importante de petróleo; o Brasil, com quem as nossas relações estão no ponto mais alto de sempre; a Líbia; e, à frente de todos, Angola, que já é o quarto parceiro comercial de Portugal e um importantíssimo investidor no nosso País.
Desenvolver as relações com Angola é algo extremamente positivo para Portugal e Angola. Neste sentido, foi com grande honra que recebemos o Presidente angolano na semana passada e, durante a sua visita, foi possível explorar novas áreas de colaboração, as quais serão apoiadas através da criação de mais linhas de crédito para facilitar o comércio entre os dois países.
Foi mencionado o desejo dos dois países de criar uma verdadeira parceria estratégica na área da energia.
No que diz respeito à energia, até ao momento, Portugal importa, sobretudo, petróleo de Angola, mas foi com grande satisfação que nos demos conta de que aquilo que estamos a conseguir na modernização do nosso sector energético, ao nível do sector da electricidade e da eficiência energética, é algo que interessa muito ao Governo de Angola. Assim, estamos a dar passos no sentido da criação de uma parceria estratégica entre Portugal e Angola, em que as maiores empresas e investidores angolanos seriam incluídos, bem como muitas empresas importantes do nosso País — grandes mas também PME —, desde o sector da produção aos sectores de transporte de electricidade, dos geradores e da construção. Seria extremamente positivo que esta parceria estratégica chegasse a bom porto.
Creio que seria uma oportunidade verdadeiramente única para as nossas empresas poderem exprimir no exterior tudo aquilo que já conseguiram fazer cá.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Poço.

O Sr. Carlos Poço (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, apesar de não haver qualquer medida do Governo neste sentido, Angola já é o quarto parceiro comercial de Portugal, o que acontece à custa apenas dos empresários.
Falando de exportações, Sr. Ministro, o que é que pode dizer-nos sobre o problema das paletes, designadamente sobre o facto de o nemátodo do pinheiro estar a afectar as paletes? Sendo Portugal considerado como um território com esse problema, como é que estamos a fazer o tratamento da madeira das paletes que são importadas? Comportando as empresas esses custos, como é que podemos fazer uma comparação, em termos de competitividade, com os outros países? Quais são as medidas que o Governo tem para apoio a esta questão? Sr. Ministro, quando fala de diplomacia nas relações com Angola, devo recordar que a Embaixada de Portugal em Angola é a mesma há 33 anos, permanece no mesmo edifício, sem manutenção, sem qualquer modernização, e é o mesmo funcionário que está à porta da entrada a receber. Isto não é de um país europeu, não é de um país moderno, não é de um país que quer exportar para Angola!

Aplausos do PSD.