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20 | I Série - Número: 073 | 27 de Abril de 2009

Para quem tem a honra de representar os eleitores, que mais pode desejar um Deputado militar de Abril?

Aplausos do PS.

Neste dia de comemoração, não podemos esquecer a grande responsabilidade que recai sobre todos nós e que nos obriga a encontrar soluções que permitam minorar as dificuldades por que passam os portugueses, em particular os mais desfavorecidos, os injustiçados e aqueles que vivem o drama ou o limiar do desemprego.
Neste dia em que recordamos a alegria e a esperança de 1974, devemos renovar o compromisso de tudo fazer para devolver a esperança aos portugueses. Abril só pode ser comemoração se for também compromisso.
No contexto em que vivemos hoje, e não esquecendo a nossa história recente, há que ter a humildade de reconhecer que, embora de forma diferenciada, ninguém está isento de culpa e ninguém tem o exclusivo da responsabilidade.
O mundo vive dias difíceis e perigosos, mas existem também sinais de uma nova época de esperança que pode vir a trazer mais solidariedade e paz ao mundo.
A nossa História está cheia de momentos de incerteza, de derrotas e de vitórias, mas os portugueses sempre acreditaram que eram capazes e foi essa a força que tornou Abril possível e Portugal grande. Temos pela frente grandes desafios que é preciso contornar, dar a volta, ultrapassar e vencer e não temos dúvidas que vamos honrar os portugueses que tornaram grande a nossa História.
Tal como há 35 anos, o povo português, o povo em armas com cravos florindo nos canos das espingardas — uma imagem que correu mundo e que ainda hoje é, em múltiplas latitudes, um símbolo de liberdade e dos ideais mais generosos — , nesse dia 25 de Abril, nessa hora, deu a volta e ressurgiu de novo. Iniciou-se, assim, uma nova e fantástica etapa da História multissecular, com uma revolução, para citar Sophia, «Como casa limpa, Como chão varrido, Como porta aberta, Como puro início, Como tempo novo, Sem mancha nem vício, Como a voz do mar, Interior de um povo (»)».
Por isso, reafirmamos a nossa firme convicção: uma vez mais, Portugal vai dar a volta e vai conseguir ultrapassar as dificuldades vencendo a crise; sem permitir que regressem os fantasmas do passado, longínquo ou recente, nem regresse ou se mantenha um sistema imoral, injusto e desumano, além de desregulado, que esteve na base do terramoto financeiro e económico global que ainda abala o mundo; sem nevoeiro, sem Quinto Império, impõe-se dizer, recordando Pessoa: «É a hora», na fidelidade ao espírito e ao legado da Revolução de 1974, cumprindo inteiramente, até ao fim, o 25 de Abril e Portugal.
Termino, lembrando uma mensagem que recebi de um casal de jovens pais, neste mês de Abril: «Já nasceu o Zeca Afonso; encontra-se bem!» E agora venham mais cinco!».
Ora, recordando e saudando o 25 de Abril, assinalando o que ele foi e representou, o que ele é e representa, importa salientar que a sua simbologia, a sua força, a sua esperança continuam e desenvolvem-se nos jovens, dignos da juventude em tudo o que ela representa e sempre representou, para os quais vão as minhas últimas palavras, porque hoje, como ontem, o 25 de Abril é, sobretudo, amanhã.
Viva o 25 de Abril! Viva Portugal!

Aplausos do PS (de pé) e de Deputados do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente da Assembleia da República: — Sr. Presidente da República, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros do Governo, Srs. Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal Constitucional e dos demais Tribunais Superiores, Ex-Presidentes da República — Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio — , Ex-Presidentes da Assembleia da República — Oliveira Dias, Almeida Santos — , Sr. Núncio Apostólico, Srs. Embaixadores, Srs. Representantes do Corpo Diplomático, Srs. Chefes de Estado-Maior e outros distintos convidados, entre os quais destaco os militares que integram a Associação 25 de Abril, Sr.as e Srs. Deputados: Os meus mais cordiais e calorosos cumprimentos para todos os presentes nesta cerimónia solene e para os que nos escutam neste aniversário do 25 de Abril.