17 | I Série - Número: 073 | 27 de Abril de 2009
É por isso hoje, hoje 25 de Abril de 2009, no meio da tormenta financeira, é necessária uma ruptura. Uma ruptura da geração Europa, desta geração que recusa e rejeita o diktat iluminado de quem não reconhece o principal valor de Abril, o valor da liberdade que é devida a cada época, a cada geração, a cada tempo.
Chegou a hora de essa geração Europa, a nossa geração, tomar o destino em suas mãos e impedir o sequestro do futuro de Portugal, o sequestro de gerações e gerações de portugueses.
Chegou a hora de cortar amarras e correntes, de dizer não às algemas financeiras e aos grilhões do endividamento crónico.
Chegou a hora — não há que ter medo das palavras — de «libertar o futuro». De «libertar o futuro» — o nosso futuro — da política socialista de pura imagem e propaganda; de «libertar o futuro» — o futuro dos portugueses — da factura financeira que subjugará as gerações seguintes e penaliza já as gerações presentes; de «libertar o futuro», rompendo políticas e rasgando horizontes para que cada geração possa ser dona e senhora do seu destino sem pagar tributo aos césares ou constantinos do passado.
Aplausos do PSD.
Essa é a nossa missão actual, essa é a nossa responsabilidade geracional, esse é o nosso compromisso histórico.
Nas autarquias, em Portugal, na União Europeia, tudo faremos e tudo vamos fazer para libertar Portugal, para libertar o futuro.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — No dia 25 de Abril de 2009, e no ciclo de transformação que agora se inicia, a nossa geração, as nossas gerações, a geração Europa, já só tem um desígnio, já só segue uma divisa, já só figura um sonho: garantir a liberdade das gerações futuras, libertar o futuro!
Aplausos do PSD (de pé), do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães e do Deputado não inscrito José Paulo Carvalho.
O Sr. Presidente da Assembleia da República: — Tem a palavra o Sr. Deputado Marques Júnior, em representação do Grupo Parlamentar do PS.
O Sr. Marques Júnior (PS): — Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros do Governo, Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Sr.
Presidente do Tribunal Constitucional, Sr. General Ramalho Eanes, Sr. Dr. Mário Soares, Sr. Dr. Jorge Sampaio, Srs. Representantes da Associação 25 de Abril e demais convidados, Sr.as e Srs. Deputados: Subo hoje a esta tribuna para, em nome do Grupo Parlamentar do PS, saudar a festa do 25 de Abril de 1974 e com ela os militares de Abril que sempre nos honraram e acompanharam com a sua simbólica presença, mesmo quando a mágoa os atinge de forma muito particular.
Falar desta tribuna, em nome do Partido Socialista, é uma honra considerando que o PS é o partido matriz da democracia portuguesa conquistada com o 25 de Abril de 1974.
Não vos vou falar da crise económica ou financeira, nem sequer da dos valores, »
O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Mas é pena!
O Sr. Marques Júnior (PS): — » embora seja neste momento a questão que a todos tanto preocupa.
Também não vou falar da desregulação mundial e das suas consequências, nem das guerras, nem das armas, nem dos genocídios, nem da fome, nem das injustiças no mundo e dos seus grandes responsáveis. Vou simplesmente falar da liberdade do 25 de Abril»
Aplausos do PS.