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31 | I Série - Número: 082 | 21 de Maio de 2009

O Sr. Victor Baptista (PS): — Em primeiro lugar, quando o Grupo Parlamentar do Partido Socialista votou a favor destes diplomas, na generalidade, desde logo fez referência a que haveria questões a corrigir em sede de especialidade, naturalmente.
Ora, o Sr. Deputado Francisco Louçã veio falar nas empresas e na publicitação dos respectivos vencimentos, mas esqueceu-se de dizer que o projecto de lei n.º 227/X já foi aprovado na 1.ª Comissão e que, para além disso, o mesmo insere a obrigatoriedade de a política salarial ser da responsabilidade das assembleias-gerais das empresas cotadas, como não poderia deixar de ser.
Com isto, ficámos a saber que, caso o Bloco de Esquerda um dia chegasse ao Governo, todas as empresas cotadas iriam ser controladas em termos de vencimentos, absolutamente.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Exactamente!

O Sr. Victor Baptista (PS): — Diria mais, porque até aqui seria um passo: e por que não nacionalizá-las todas, Sr. Deputado? Talvez seja esse o seu caminho e a sua política.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Então, por que é que votaram a favor?

O Sr. Victor Baptista (PS): — Portanto, a questão que colocou está devidamente corrigida.
O Sr. Deputado levantou depois uma outra questão, a dos prémios, dizendo que o Partido Socialista votou favoravelmente a questão dos prémios. Acontece, Sr. Deputado, que há uma outra forma de ver a questão dos prémios e das remunerações.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Há, há»

O Sr. Victor Baptista (PS): — Há uma lógica de desempenho e há aquilo a que se chama «chapéus dourados», que são coisas diferentes.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Mudaram em 15 dias!

O Sr. Victor Baptista (PS): — Já esta manhã lhe foi dito — e é evidente que assim foi — que esses prémios de «chapéu dourado» se destinavam a inviabilizar, claramente, acções de intervenção no sentido de se colocarem OPA no mercado. E essa foi a forma que alguns gestores encontraram para evitar as OPA.
O que importa, neste momento, não é que os rendimentos de quem aufira esses vencimentos não sejam tributados, porque eles são tributados de acordo com o sistema fiscal de tributação do próprio IRS.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Então, por que é que votaram a favor?

O Sr. Victor Baptista (PS): — A questão que o Governo coloca é outra: para as empresas que tenham esse tipo de prémios, o Governo assumiu o compromisso de apresentar aqui uma lei de tributação das próprias empresas, e isso é que é correcto. Se uma empresa quer dar prémios para além daquilo que é razoável, quem não pode ser prejudicada é a administração fiscal, considerando isso como custo, e, naturalmente, o Governo irá apresentar um diploma para esse efeito.
Do sigilo bancário não falou. Ó Sr. Deputado, o primeiro a corrigir todo o seu diploma foi o Bloco de Esquerda»

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Victor Baptista (PS): — O Bloco de Esquerda, com o projecto de lei n.º 712/X, eliminava todo o artigo 63.º-B e repunha um novo artigo 63.º-B. O próprio Bloco de Esquerda agora, com um projecto de lei, elimina tudo o que fez e acrescenta um n.º 11 ao artigo 63.º-B.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.